Colheita anima produtores de morango

Há nove anos trabalhando com o cultivo de morango, Alcino Budny comemora o presságio de boa safra. “Estamos colhendo, em média, 200 caixas do produto por dia”, conta, mencionando que a colheita iniciou na última semana. A expectativa, segundo ele, é alcançar 800 caixas nos meses de setembro e outubro.

Diferentemente de outros cultivos, o morango não sofreu prejuízos com o frio intenso que assolou a região nas últimas semanas. “O nosso problema foi que as mudas chegaram um mês atrasadas. Começamos a plantar com o frio, e a planta demorou para vingar. Estamos 30 dias atrasados na colheita, e o que era para vir antes, eu perdi”, lamenta.

Assim como Budny, outros 25 agricultores pela região começam a colher os frutos. O cultivo se concentra em área estimada de 12 hectares, que tem registrado aumento, de acordo com o engenheiro agrônomo da Epagri de Criciúma, Darlan Marquesi. “Tivemos incremento de 10% em relação ao ano passado. O aumento não foi maior porque as mudas são importadas e a importação é limitada”, observa.

O engenheiro agrônomo destaca que a região Sul é a primeira a iniciar a colheita no Estado. “A fruta gosta de temperaturas mais amenas, oscilando entre 14ºC e 21ºC. Na Serra, a colheita inicia mais tarde, porque as temperaturas mais baixas prejudicam o desenvolvimento da planta”, explica.

A rentabilidade, de acordo com o engenheiro, é boa. “Hoje cada muda custa entre R$ 0,35 e R$ 0,45, mas o agricultor consegue lucrar até 60% do custo da produção”, conta. O quilo do produto é vendido por R$ 12, direcionado principalmente ao mercado regional.