
Economia | 12/10/2010 | 12:37
Comando nacional indica fim de greve
Maristela Benedet - maristela.benedet@canalicara.com
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Assembleia na quarta-fera, dia 13, às 9h, no Sindicato dos Metalúrgicos de Criciúma, pode deliberar o fim da greve dos bancários. Após dois dias de negociação (sábado e segunda-feira até madrugada de terça), novas propostas foram apresentadas pela Fenaban, Banco do Brasil, Além da Caixa. E, o indicativo do Comando Nacional para a categoria é de aprovação. Entre os principais itens de consenso estão o reajuste de 7,5% para quem ganha até R$ 5,25 mil, reajuste de 4,29% (apenas inflação) para os salários superiores a R$ 5,25 mil, valorização dos pisos (R$ 1,25 mil nos bancos privados e R$ 1,6 mil no BB e Caixa), auxílio-creche/babá e definição de mecanismos de combate ao assédio moral.
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Os trabalhadores reivindicavam 11% de reajuste, valorização dos pisos salariais, PLR maior, medidas de proteção da saúde, garantia de emprego, mais contratações, igualdade de oportunidades para todos e mais segurança entre demais itens. As negociações iniciaram em agosto. “A maior greve da categoria nos últimos 20 anos é a greve da unidade dos bancários, que paralisou tanto os bancos públicos quanto privados, que obrigou os bancos a saírem da intransigência e apresentarem propostas que contemplam nossas principais reivindicações", avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.
Até segunda-feira, 8,1 mil agências foram fechadas em todo o país, de bancos públicos e privados. Segundo a diretora do Sindicato dos Bancários de Criciúma e região, Dircéia de Mello Locateli, foram nove dias de paralisação, iniciada dia 29 de setembro, com uma adesão de mais de 90% em toda região e chegando a 100% em Criciúma. “Avaliamos como vitoriosa a greve, pela força do movimento, resultando em uma das melhores propostas dos últimos anos e acreditamos que a categoria vai aceitar” afirma. Em Içara, todos os bancos públicos aderiram à paralisação desde o início. Já na última semana, o movimento atingiu também o Bradesco e Itaú.