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Lucas Lemos [Canal Içara]

Economia | 19/04/2018 | 16:16

Composul apresenta resultado de tecnologia alemã para municípios que desenvolverão compostagem

Lucas Lemos - lucas.lemos@canalicara.com

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A aplicação da tecnologia Gore Cover na compostagem foi apresentada em Içara para aproximadamente 100 pessoas nesta quinta-feira, dia 19. O método com sistema fechado utilizado pela Composul desde 2016 na comunidade de Vila Nova é uma referência em eficiência para as cidades e consórcios selecionados pelo Ministério do Meio Ambiente. Ao todo, R$ 10 milhões serão aplicados no desenvolvimento da compostagem no país.

A empresa de Içara possui capacidade para processar até 2 mil toneladas ao mês de matéria orgânica com o uso da tecnologia alemã. Contudo, ainda opera com 10% da capacidade com a coleta de Tubarão até Araranguá. A maior dificuldade ainda é a conscientização sobre a destinação correta e o seguimento do que já determina a legislação. Ao Município cabe apenas a coleta residencial. As empresas e demais empreendimentos já são - ou deveriam ser - responsáveis diretamente pela destinação dos resíduos gerados.

"Uma tonelada de matéria orgânica resulta em 300kg de composto com fósforo, potássio, nitrogênio e micronutrientes", coloca o empreendedor, Marco Aurélio Salvaro Souza. Ao todo, o período de decomposição com a temperatura e o oxigênio controlado é de 45 dias. O custo é de R$ 120 a R$ 150 por tonelada recebida. Na outra ponta, o metro cúbico de composto pode ser adquirido por R$ 50.

"A fração orgânica representa de 45% a 50% do que geramos de forma doméstica. São aproximadamente 400g por dia por pessoa em Santa Catarina. Mas essa matéria não tem coleta seletiva. É preciso mudar a abordagem sobre a educação ambiental. Só deveria ir para os aterros o que é realmente rejeito. A vantagem da compostagem é a transformação em composto para a recomposição do solo. É algo que podemos fazer em casa ou em grande escala, acelerada", sublinha o professor de gestão de resíduos sólidos e gestão ambiental na Unesc, Mário Ricardo Guadagnin.

Ao todo, o Fundo Socioambiental da Caixa destinará de R$ 500 mil a R$ 1 milhão para 11 projetos. O Fundo recebeu 324 propostas vindas de todo o país. A seleção ocorreu com base nos critérios e requisitos estabelecidos no edital lançado em setembro de 2017. Os projetos serão executados em dois anos e servirão como ações demonstrativas para que outras prefeituras e demais interessados possam conhecê-las.