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Economia | 27/09/2013 | 20:32

Conselho Fiscal enviará relatório ao MP

Lucas Lemos - lucas.lemos@canalicara.com

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Fragilidade na gestão da obra da subestação, falta de planejamento financeiro, adiantamento de alguns pagamentos e atrasos em outros foram apenas alguns dos tópicos apontados pelo Conselho Fiscal da Cooperaliança na noite desta sexta-feira, dia 27. A divulgação do relatório ocorreu em assembleia extraordinária sobre auditoria realizada pela Ernst & Young Terco. Conforme o presidente Paulo Roberto Brígido, o próximo encaminhamento agora será o envio da análise ao Ministério Público para apuração de possíveis danos aos associados.

Os problemas verificados decorrem das contas de 2008 a 2011. Neste período ficaram constatadas ainda falhas no software, ausência da prestação de contas de alguns dos beneficiários do Fates, retirada de clientes do Serviço de Proteção ao Crédito sem a quitação dos débitos, a falta de controle do estoque e até o uso dos funcionários em período eleitoral. “Pelo que sabemos estas práticas não estão mais ocorrendo. Estamos fazendo reuniões todas as semanas para cobrar as mudanças”, coloca Paulo.

Baseado na auditoria, o Conselho Fiscal também divulgou uma série de recomendações elaboradas junto com o assessor jurídico Márcio César Serafim. Uma delas é a necessidade de verificação da inadimplência para novos cadastros. “O relatório aponta erros, mas não aponta culpados. O poder de investigação é esperado do Ministério Público”, coloca Paulo. “O Poder Político de Içara é muito grande. Não adianta tamparmos o Sol com a peneira. Eu ainda acredito na Justiça”, completa.

Ainda conforme Paulo, o Conselho Fiscal também vai verificar a possibilidade de convocar uma nova assembleia para afastamento de pessoas envolvidas. O pedido foi realizado por Edson Valvassori. O mesmo associado questionou também o afastamento do presidente Pedro Deonísio Gabriel e a necessidade de nova eleição. Mas neste caso, o estatuto não deixa claro e abre espaço para interpretações. Sobre o assunto, as entidades das cooperativas se manifestaram até agora que não há vacância. Apenas o advogado Mário César entende diferente. “Temos sim presidente”, aponta o vice atualmente em exercício, Jorge Rodrigues.

Além de ouvirem o relatório, os 116 associados que compareceram ao Clube Ipiranga também inseriram dentre os objetivos da empresa a possibilidade de atendimento da iluminação pública. Conforme o diretor administrativo Reginaldo de Jesus, a concessão da Agência Nacional de Energia Elétrica já permite isso. No entanto, não estava claro no estatuto da cooperativa. Fizeram parte ainda os integrantes do Conselho Fiscal, Conselho de Administração, o vice-prefeito Sandro Giassi Serafim, o advogado da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina Gilson Flores e o integrante da Federação das Cooperativas Valdemar Ventura.