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Economia | 10/08/2010 | 15:29

Cresce a procura por consórcios

Jornal Agora com informações de Marli Moreira (Agência Brasil)

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Os brasileiros estão comprando mais casas, carros e motos por meio de consórcios. O volume negociado cresceu 33,2% de janeiro a junho deste ano, incluindo todos os tipos de bens comercializados. Com isso, alcançou R$ 28,5 bilhões ante os R$ 21,4 bilhões registrados no mesmo período de 2009. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, dia 10, pela Associação Brasileira de Administradores de Consórcios (Abac).

O segmento de veículos continua líder na escolha de quem decide adquirir um bem por consórcio. Com uma participação de 3,2 milhões de consorciados, quantidade 6,6% acima do primeiro semestre do ano passado, as cotas de veículos vendidas alcançaram 858,7 mil, uma alta de 10,8% . No período, 423,3 mil consorciados foram contemplados. Já na área de compra de imóveis, houve expansão de 8,7% no número de participantes e de 12,2% nas vendas de cotas. O valor médio dos negócios atingiu R$ 93,4 mil ante R$ 89,4 mil, uma alta de 4,4%.

Para o presidente da Abac, Paulo Roberto Rossi, o aumento dos negócios remete “à inexistência de juros, às novas modalidades de utilização do FGTS [Fundo de Garantia do Tempo de Serviço] no consórcio de imóveis e à maior presença das classes C e D”, nas contratações. O economista Alcides Leite, professor da Escola de Negócios da empresa de consultoria Trevisan, acrescenta que o desempenho significa o crescimento da economia do país. Ainda segundo ele, há uma certa vantagem na opção pelos consórcios, mesmo considerando a cobrança da taxa de administração.

Mas, para saber se o consumidor está fazendo ou não um bom negócio, ele deve fazer uma pesquisa no mercado. De acordo com o economista, nos financiamentos convencionais, os juros médios estão em torno de 2% para a compra de veículos, por exemplo. No caso dos consórcios de imóveis, ele observa que “se for sorteado logo no começo , o consorciado poderá obter o bem de forma mais rápida do que a compra com o imóvel ainda na planta”. Além disso, “se a pessoa não tiver pressa pode ser um meio de poupança”.