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Economia | 09/02/2021 | 08:05

Deinyffer Marangoni: Como ter a melhor equipe do mundo na sua empresa?

Sua equipe está motivada, engajada e tem valores e propósitos semelhantes com a empresa?

Lucas Lemos - lucas.lemos@canalicara.com

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Qual empresa que não quer ter a melhor equipe do mundo? Busca-se pessoas, talentos, traça-se objetivos, metas e, principalmente, se define o resultado a alcançar. Mas, talvez, essa pergunta esteja feita de forma equivocada. Que tal olharmos para outro ângulo e fazer a seguinte pergunta: nós temos a melhor empresa do mundo?

E quando a gente faz essa pergunta, não quer dizer que literalmente é a melhor do mundo todo, porque isso depende de pessoa para pessoa, propósito para propósito, mas significa perguntar se a nossa empresa faz os colaboradores se sentirem assim. Equipe motivada, engajada, que tem os mesmos valores e propósitos semelhantes com a empresa e, principalmente, com pessoas felizes, produzem mais, fidelizam a marca, contagiam outras pessoas e geram mais resultados.

Este é um resumo do que pude aprender com as capacitações do ACII Indica voltadas para profissionais de Recursos Humanos e empreendedores, ligados, direta ou indiretamente, com o processo de recrutamento e seleção. Para chegar nesta conclusão, acompanhei três palestras diferentes, mas interligadas no contexto, que compartilho alguns dos aprendizados de cada uma delas abaixo:


Como atrair os melhores talentos para a sua empresa?

Nesta palestra vimos o case da RD Station (Resultados Digitais), que surgiu em 2011 e tem sede em Florianópolis/SC. Atualmente, conta com mais de 700 colaboradores, sendo uma das melhores empresas para se trabalhar em Santa Catarina, segundo o instituto Great Place to Work e a Revista Amanhã. Luiza Degrazia Fernandes Lima, que compartilhou o case, atua como “caçadora de talentos”, desenvolvendo ações de atração, entrevistas, briefings, job posts e melhoria contínua de processos com foco na experiência dos candidatos.

Luiza explanou que o mercado está muito competitivo e que a empresa não pode mais apenas abrir o processo de recrutamento e esperar a “chuva” de currículos de forma passiva, até porque muitos deles não terão os pré-requisitos da vaga. Se você quer atrair os melhores profissionais, o recrutamento tem que ser ativo, você deverá ser um “hunter”, em tradução literal, um “caçador” de talentos. Frequente os eventos e capacitações da área que deseja prospectar os profissionais, esteja conectado aos grupos de WhatsApp, Telegram e demais redes sociais com seu perfil-alvo, faça buscas no LinkedIn pelo cargo desejado e não se esqueça, às vezes (quase sempre) o talento desejado não está disponível no mercado. Para ser mais assertivo no recrutamento, o “post job”, ou anúncio da vaga, deve ser melhor trabalhado, para se destacar no meio de tantos outros e atrair os profissionais.

Para atrair um talento, nem tudo é dinheiro. Benefícios, oportunidades de crescimento dentro da empresa, oportunidades de conexão e networking com grandes profissionais da área de atuação, cultura e um bom clima organizacional são alguns dos exemplos de como ter e reter o profissional na sua equipe. Mas tudo isso só será possível quando o propósito e os valores do seu negócio fizer sentido para o profissional-alvo.


Candidato certo, na vaga certa. Como ser mais assertivo na seleção?

Nesta palestra, Júlia Sturm, que é Consultora de RH de uma multinacional, atuando como parceira do negócio na atração, desenvolvimento e retenção de talento, abordou algumas técnicas para a seleção, em que se deve focar na captura dos melhores COMPORTAMENTOS do candidato e não apenas nas habilidades técnicas. Para isso, o ideal é sempre ter mais um ou mais dois entrevistadores e buscar um consenso. “Em um mundo em que o conhecimento técnico necessário muda constantemente, destacam-se as habilidades comportamentais e cognitivas, pois o aprendizado rápido e contínuo é fundamental”, apontou Júlia.

Também é fundamental entender o perfil dos candidatos e até mesmo da equipe de colaboradores. Um exemplo clássico é a empresa que promove o melhor vendedor para gerente comercial. Em alguns casos, esse vendedor tem muita habilidade técnica, mas poucas soft skills, ou habilidades comportamentais, como liderança, trabalho em equipe e outras necessárias para a posição de gerência. Conclusão: perde-se o melhor vendedor, perde-se a equipe comercial. Por isso é importante identificar os perfis de cada profissional, seus sonhos, seus propósitos e colocar o profissional certo na vaga certa.


Onboarding: como integrar um novo colaborador?

Nesta palestra, Raphael Rezende contou o case de onboarding da mLabs, que tem mais de 140 colaboradores e é uma das startups mais promissoras do país, segundo a pesquisa ‘100 Startups to Watch’, que é realizada entre Pequenas Empresas & Grandes Negócios, Época Negócios, EloGroup e InnoVC.

A integração de um novo colaborador começa desde o processo de divulgação da vaga, quando o anúncio tem a foto do gestor da área, uma pequena descrição da função e o layout personalizado com o perfil. Após a seleção e o aceite da proposta, o candidato recebe um “passaporte” que o orienta por toda jornada antes mesmo de chegar no primeiro dia da empresa. Este documento contém as principais perguntas e respostas com relação a documentação para ser fichado, os procedimentos para o exame admissional, quem será o seu gestor e como é a estrutura organizacional da empresa, um vídeo apresentando todos os setores e os gestores de cada área, bem como toda informação necessária para não chegar “perdido” no primeiro dia de trabalho. Logo após, o candidato recebe o manual de onboarding, com todo o passo a passo de como serão os primeiros dias dele na nova empresa. O novo colaborador também recebe um kit com agenda, mousepad, garrafa térmica, chaveiro, livros relacionados à cultura da empresa, mochila e uma série de itens para se sentir acolhido.


Fonte: LinkedIn mLabs

Um bom processo de integração geram muitos benefícios, como: Alinhamento de propósitos, valores, objetivos e resultados esperados; Motivação, engajamento, felicidade e senso de pertencimento; Retenção e Redução de Turnover (rotatividade do quadro de funcionários); Treinamento qualificado e otimização do tempo dos “guias” dos novos contratados; Dentre muitos outros.

Tudo isso é muito bonito, no papel. Na prática é que surgem as dúvidas e os questionamentos do real resultado destas ações. Mas o ACII Indica trouxe estes cases para mostrar que é possível sim e que, de fato, geram resultados. Afinal, tudo é métrica, tudo é relação de custo x benefício e de crescimento do negócio.


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