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Economia | 15/12/2020 | 08:06

Deinyffer Marangoni: Três propostas para melhorar a economia segundo o encontro mundial "The Economy of Francesco"

Qual o próximo passo da humanidade para tornar o mundo mais feliz e, ao mesmo tempo, melhorar a economia?

Deinyffer Marangoni

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Em meu último artigo aqui no Canal Içara falei do evento The Economy of Francesco, que reuniu jovens empreendedores, economistas e cientistas de todo o mundo para pensar na economia do amanhã, na qual tive a oportunidade de ser um dos jovens brasileiros selecionados e participar das discussões. Hoje trago os ensinamentos, debates e propostas do primeiro dia desse encontro que aconteceu de forma virtual.

O foco do primeiro dia estava diretamente relacionado à felicidade, ao bem-estar e ao desenvolvimento humano, para que as pessoas não sejam reconhecidos como instrumentos e ferramentas de trabalho para gerar lucro, mas sim como grandes autores, cocriadores de um projeto, produto ou serviço maior que o próprio dinheiro, pensando no bem socioeconômico. Isso não significa que as empresas não devam dar lucro, pelo contrário, é gerar maior riqueza e com qualidade para atender tanto às necessidades das empresas quanto a dos colaboradores, onde todos possam ganhar e se desenvolver.

Para isso, segundo o Cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson, que também é Prefeito do Dicastério (departamentos do governo da Igreja Católica que compõem a Cúria Romana) para a Promoção do Desenvolvimento Humano Integral, é necessário investir mais nas pessoas, em qualificação, gerar mais postos de trabalho com salários mais justos e formar líderes para gerar a mudança. Este é o objetivo de uma "companhia", vocábulo que também significa empresa, associação e firma, ou seja, que estas sejam um ambiente de efetiva coletividade e senso de comunidade.

Então surgiu o questionamento: Qual o próximo passo da humanidade para tornar o mundo mais feliz e, ao mesmo tempo, melhorar a economia? A resposta exata ainda não existe, mas há três propostas que foram apresentadas em uma das conferências, que seguem:

1. Novo Índice para o Bem-estar e Felicidade

Este novo índice tem o objetivo de fazer com que as gerações atuais e, principalmente, as futuras sejam mais participativas nas decisões políticas e que pensem além de uma economia material e baseada no lucro, fortalecendo a natureza, o ambiente e a sociedade geral como um todo. Para este índice há duas premissas a serem respondidas: a) “O que é importante para as crianças?” e b) “Como promover e criar relacionamentos de qualidade?”.

2. Mapa Inclusivo

A ideia aqui é que a vida seja mais em comunidade. Hoje somos dividimos por muitas fronteiras, de país, estado, cidades, estradas, pontes, muros e edifícios, em que nada expressa a vida das pessoas. É bem provável que muitos de nós nem saibamos o nome do vizinho ao lado, principalmente se morarmos em apartamento. A proposta deste mapa é criar projetos que evidenciem as conexões entre as pessoas e não os limites que os cercam. Interações sociais, senso de comunidade, experiências e o benefício comum, tudo gerido com apoio de Big Data.

3. Cidades como Ambientes da Vida Humana

A questão chave dessa proposta é: “Como as pessoas podem ser felizes em seu local de origem?”. Essa preocupação se dá pelos efeitos colaterais que as migrações causam. Grande parte dos que decidem se mudar de cidade, estado ou até país, tem dois motivos em comuns: buscam melhores condições para estudar e/ou para trabalhar. Para isso, deixam para trás a família, os amigos, a cultura e a sua própria história.

Se não bastassem os efeitos pessoais, isso influencia diretamente na economia e na sociedade. As grandes cidades passam a ter uma superpopulação, que, conforme “lei da oferta e demanda”, aumenta consideravelmente os custos de vida, além dos sacrifícios de se viver nas metrópoles: trânsito, segurança, qualidade de vida, dentre outros. Com isso, os investimentos públicos e privados se concentram nas grandes cidades, retardando o desenvolvimento das pequenas e médias.

A ideia desta terceira proposta é que as pessoas fiquem nos seus lugares de origem, mas que estes tenham as oportunidades necessárias para o desenvolvimento pessoal, profissional, cultural e sustentável, promovendo o bem-estar e a qualidade de vida. Poder Público e a iniciativa privada devem pensar juntos para o desenvolvimento das pequenas e médias cidades para que estas tenham VIDA.

Estes foram alguns dos aprendizados do primeiro dia de encontro. As pessoas e as empresas precisam ter um propósito maior que o lucro, promovendo também a qualidade de vida, a felicidade e o bem-estar. Nas próximas semanas trarei mais conteúdos, cases e insights a respeito do segundo e terceiro dia do The Economy of Francesco. Se você quiser se aprofundar mais, acesse francescoeconomy.org. Todos os conteúdos dos três dias de evento também estão no canal oficial do evento no YouTube, disponível em cinco línguas, inclusive em português. Até a próxima semana! :)


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