Jornal Gazeta
Economia | 25/03/2017 | 08:47
Desconfiança atinge setor pecuarista
Especial do Jornal Gazeta
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Embora nenhum frigorífico da região esteja envolvido na Operação Carne Fraca, a desconfiança do consumidor já atinge o setor. “Sempre buscamos trabalhar de forma correta para que a carne fosse do melhor modo possível, mas, infelizmente, este é um caso que realmente nos atingiu mesmo sem termos nos envolvido. O pessoal ficou bastante receoso e o que aconteceu nesses últimos dias é que os compradores simplesmente desapareceram”, comenta o pecuarista Elédio da Silva.
“É somente questão de tempo, de alguns meses, até tudo voltar ao normal. Agora está todo este alarde, porque a mídia está dando um foco muito grande. Então, como as pessoas comentam bastante de forma negativa, é algo normal dar essa baixa. Acredito que em pouco tempo estará todo mundo comprando de forma normal”, estima o produtor, membro da Associação dos Criadores de Gado de Corte do Sul Catarinense, com criação na comunidade de Coqueiros, em Içara, e Lagoa dos Esteves, em Balneário Rincão.
Sem crise nas gôndolas
Nos supermercados, as vendas não foram atingidas. Mas a perspectiva é que os preços baixem. “Há uma tendência que as exportações caiam. Se isso ocorrer, vai sobrar carne e isso influencia diretamente no preço final do produto”, projeta o empresário Custódio Abílio da Silva.
“Nós demos a sorte que o frigorífico que abastece os nossos supermercados é da nossa própria região, de Maracajá. Além disso, não estava envolvido, então os consumidores têm a confiança”, coloca o supermercadista.
“Claro que eles brincam perguntando se não tem papelão na carne, por exemplo. Nesse caso, cabe ao vendedor, na hora, entrar na brincadeira, mas frisar a qualidade dos nossos produtos, principalmente porque não tem o que temer. Nossa carne é de qualidade”, reforça.