Lucas Lemos [Inoova Comunicação]
Economia | 08/03/2018 | 08:00
Eficiência e sensibilidade feminina conquistam Içara
Lucas Lemos - lucas.lemos@canalicara.com
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A presença feminina afunila à medida em que a hierarquia sobe. A presença de homens chega a ser oito vezes maior do que as mulheres em cargos estratégicos conforme o estudo Perfil Social, Racial e de Gênero das 500 maiores empresas do Brasil. Mas esta não é uma realidade universal. No Hospital São Donato, elas já dominam 85% do quadro de colaboradores e, inclusive, preenchem quase todas as coordenações.
“As mulheres são detalhistas. E esta é uma característica essencial na assistência à Saúde. Além disso, elas são sensíveis para o atendimento, estão sempre empenhadas e dispostas a contribuir com toda a equipe”, coloca a gerente de Enfermagem, Fabiane Felisbino. “Temos muito que aprender com tantas guerreiras presentes em nossa rotina”, completa o diretor administrativo do hospital de Içara, Júlio César De Luca.
Nunca é tarde para novos desafios
“Elas estão sempre atualizadas com as tendências de mercado, preocupam-se com a qualidade do atendimento e demonstram organização para gerenciar. Além disso, são as mais interessadas em buscar capacitação. Por causa disso, formam a base do comércio de Içara. As empresas e os clientes ganham com tudo isso”, sublinha o presidente do Sindicato dos Comerciantes de Içara, Morro da Fumaça e Balneário Rincão, Altair Borges.
“Não consigo ficar em casa, gosto de ser útil, de desafios, amo meu trabalho e os estudos. Nunca é tarde para começar”, acrescenta a secretária-executiva da Câmara de Dirigentes Lojistas de Içara, Milena Goulart. “Toda homenagem destinada a elas é merecida. Esperamos que esta participação feminina seja cada vez maior em todos os setores da cidade”, ressalta o presidente da CDL, Alexandre Fernandes.
“A mulher vem cada vez mais buscando o seu espaço no mercado de trabalho. Apesar de todas as conquistas já realizadas, ainda há um longo caminho pela frente. O desafio agora é o reconhecimento, ocupação de cargos de chefia, além do fim da desigualdade salarial e da cobrança social sobre a eficiência nas tarefas domésticas e do cuidado com a família”, pontua a psicóloga, Maria Isabel da Silva Custódio.