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Jornal Gazeta

Economia | 01/02/2017 | 08:00

Empreendedorismo que inicia nas ruas

Especial do Jornal Gazeta

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Há nove anos, o até então motorista de uma empresa de ônibus Pedro Boaventura, morador de Içara, iniciou a comercialização de sucos à beira de estrada. “Eu via que com o rendimento que eu tinha como motorista de ônibus não estava sendo legal. Tinha a família para sustentar e sem uma previsão que houvesse incremento nos valores. Foi então que junto com a minha esposa tive a ideia de passar a fazer suco e vender. E assim estou até hoje. Até troquei a minha atividade principal, mas não parei com a venda de sucos”, conta.

Atualmente, ele trabalha também como vendedor de produtos de limpeza. Mas, a atividade na beira da estrada não dura o ano todo. Boaventura e a esposa dividem-se nas vendas em dois pontos distintos nos períodos mais quentes do ano, quando a demanda é maior. “No inverno, pouco se vende, não há venda por causa do frio, em que as pessoas costumam tomar coisas mais quentes. Pode até acontecer de ficar um dia inteiro e não vender nada”, justifica.

“Se a gente pega uma semana com sol de 30ºC, em média, chegamos a vender cerca de 250 garrafinhas de suco. O pessoal vê, para o carro e compra. Mas quando dá uma semana com temperaturas mais amenas, as vendas então acabam sendo menores”, diz. "Até há alguns anos, em uma semana boa a gente conseguia chegar a 400 garrafinhas vendidas. Hoje não dá nem de imaginar isso”, observa. A produção dos sucos caseira é comercializada de R$ 3 a R$ 4.

Formalização garante benefícios

Muitos ambulantes exercem a função na informalidade. “E o trabalhador informal conta com algumas desvantagens, como por exemplo, não têm o acesso garantido à Previdência, já que não comprova renda”, cita a contabilista Gisele Crescencio. Atualmente, para quem trabalha por conta própria e não quer viver na informalidade, há a possibilidade de virar um Microempreendedor Individual. Pode se inscrever no MEI quem tem faturamento anual de até R$ 60 mil.

O sistema simplificado não prevê a cobrança de taxas para a adesão. Além disso, mas o trabalhador passa a contar com uma série de direitos, entre eles, o atendimento da Previdência Social. “O trabalhador pode procurar um escritório contábil, que não poderá cobrar pelo serviço de abertura, ou então fazer por conta própria através do site (www.portaldoempreendedor.gov.br). Ele somente terá a necessidade de pagamento de uma taxa mensal, que varia conforme a função, de R$ 47 a R$ 52”, declara Gisele.