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Jornal Gazeta

Economia | 17/10/2017 | 08:00

Empresas absorvem novo aumento do gás para não afastar clientes

Especial do Jornal Gazeta

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Os reajustes no preço do gás de cozinha pesam no orçamento familiar, mas o impacto é maior para empresas que utilizam o produto como insumo, como restaurantes, pizzarias e lanchonetes. Somente o aumento autorizado na última semana chega a 12,9%. “Nós temos procurado ao máximo evitar passar para os clientes os aumentos que são registrados. Enquanto dá para aguentar, a gente vai aguentando”, aponta o empresário Johnnes Venâncio.

“O cliente se sente melhor quando sabe que o produto por muito tempo terá o mesmo preço. Então, o que fazemos é definir um preço no início do ano e seguir assim até o final dele. Porém, isso faz com que a margem de lucro sobre os ingredientes utilizados comece com 20% e chegue ao fim do ano com 7%, por exemplo”, coloca o responsável por uma rede de lancherias, Anderson Spillere.

“Reduzimos nossa margem de lucro, mas ampliamos as vendas que são realizadas. Acontecendo isso, temos que comprar mais produtos e a partir do momento que a quantidade de compra aumenta, a gente consegue pleitear um valor melhor, assim reduzindo o impacto”, expõe Anderson. “A chapa, por exemplo, que costumávamos ligar cedo, para aquecer, somente é ligada quando se começa a produzir algo. O jeito é se organizar melhor”, defende Johnnes.