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Economia | 22/10/2013 | 15:50

Empresas aguardam na fila por benefícios

Lucas Lemos - lucas.lemos@canalicara.com

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Entre benefícios fiscais e cessão de área, quase 100 empresas aguardam na fila para análise do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Içara. E a tendência é que este número só aumente. Afinal, estão previstas três novas áreas industriais na cidade. A próxima será em Esperança com um terminal intermodal de âncora em atividade já a partir do próximo ano. Todo o complexo ocupará 200 hectares com a estimativa de gerar quase 1 mil empregos no local.

"Temos empresa com pedido de cinco hectares. Se todas foram com tamanho igual a este, teremos capacidade para implantar cerca de 30 indústrias em Esperança. O projeto é reunir geradores de produto com valor agregado. Garante mais retorno do que a criação apenas um centro de distribuição. Queremos implantar distritos industriais ainda em Poço Oito e Terceira Linha. A dificuldade está na especulação imobiliária e nos entraves ambientais", coloca o secretário da Indústria e Comércio, Claudinei Rebelo.

No caso de Poço Oito, o impasse é por causa do projeto para a recuperação do antigo lixão. O custo inicial seria de R$ 300 mil para a implantação de células e a cobertura vegetal. Já se for realizada a remoção de todo o material, atingiria R$ 1,2 milhão. “Para o Município é mais viável pagar pela desapropriação de outro espaço”, aponta Claudinei. Quanto a Terceira Linha, o problema está na divisão em diferentes imóveis. “São várias propriedades próximas da Via Rápida que serão afetadas”, aponta.

Além de procurar espaço para as áreas industriais, o secretário ressalta que há dificuldade das empresas encontrarem imóveis até mesmo para aquisição. Este é o caso de pelo menos 10 empreendedores que buscaram o Município para encontrar locais estratégicos. “Ofertamos apenas incentivos fiscais para eles. A compra do terreno é realizada pela indústria e pode servir assim como garantia para linhas de financiamento com baixo índice de juros”, explica.

Para fomentar a economia, Claudinei indica ainda que as empresas passaram a ter prioridade na tramitação de certos processos. “Conseguimos mudar alguns protocolos junto com as secretarias de Planejamento, Finanças e a Fundai. Com isso ganhamos mais agilidade. Tinham empresas que esperavam meses para conseguir uma liberação. O tempo agora é menor, principalmente, com a disponibilidade de alvarás provisórios”, sublinha. A revisão ocorreu em paralelo com a verificação das empresas que já tiveram a isenção expirada e que ainda não haviam sido notificadas para o início do pagamento de impostos.

Com todo o potencial da cidade, a explosão empresarial é aguardada agora junto com a estruturação da secretaria através do Projeto de Desenvolvimento Local. A ideia foi implantada inicialmente em Maringá (PR); já se espalhou pelo país e poderá auxiliar o desenvolvimento de Içara. “Queremos criar câmaras setoriais, incentivar novos núcleos e conselhos, além de abrir um fundo para a estruturação da secretaria. Hoje temos apenas um servidor”, relata.

CRITÉRIOS – Os poucos critérios existentes para a concessão de benefícios constam atualmente na lei municipal 2745/2009. Nela estão determinados como parâmetros os investimentos, geração de emprego e renda bruta. No entanto, não define prioridades entre empresas de mesmo patamar, tampouco estabelece prioridade entre investidores da própria cidade ou de fora do município. “O que passamos a exigir agora é o plano de negócio. Também vamos criar um regimento interno do Conselho Municipal do Desenvolvimento Econômico para nortear os benefícios”, aponta o secretário da Industria e Comércio, Claudinei Rebelo.