Epagri avalia impacto do calor no campo

Um balanço geral sobre a safra em Santa Catarina foi elaborado pela Secretaria de Estado da Agricultura. O estudo aponta tendências também para a elevação ou a queda de preços. O maior impacto provocado pelo calor foi sobre as hortaliças. As plantas foliosas e as brássicas (couve flor, brócolis, entre outras) são pouco resistentes a temperaturas altas. A época de produção mais apropriada vai de abril a novembro. Fora neste período é imprescindível o uso de irrigação e, também, um sistema de proteção contra a excessiva radiação solar.

No fumo, cerca de 80% das lavouras encontram-se colhidas. O problema dos fumicultores reside na definição dos preços a serem praticados. O milho tem ainda 80% da área cultivada na fase de maturação avançada. Os outros 20% ainda estão vulneráveis. No caso do feijão, metade da safra já foi colhida com prejuízo na qualidade. No Meio Oeste, a colheita iniciou com previsão de rendimento financeiro baixo.

O excesso de calor ocorrido nas últimas semanas poderá influenciar também na produtividade e qualidade do arroz. Na Região Carbonífera apenas 5% já foi colhido. A cultura da banana devido as suas características sofre menos com a estiagem. Entretanto, devido às temperaturas altas e a pouca umidade no solo ocorre o aceleramento no crescimento. A consequência é o aumento na oferta e uma tendência de preços mais baixos.

Os produtores de mandioca seguem otimistas quanto ao andamento da safra 2013/14. Já nas propriedades leiteiras a preocupação é com a redução no crescimento das pastagens e a irritação dos animais com o calor. A estimativa da Epagri-Cepa aponta para uma diminuição da produção de leite entre 4% e 7% no mês de janeiro. Historicamente a produção de leite entregue às indústrias, começa reduzir a partir do mês de fevereiro. Particularmente neste ano, caso as atuais condições climáticas perdurem, a queda da produção comercial poderá chegar a 10% em relação ao mês anterior.