Estiagem afeta preço de produtos agrícolas

Pelo menos 50% da lavoura de milho de Ezio Tibincoski já foi perdida pela falta de água. Isto significa cerca de três hectares sem espiga ou sem grãos. A batata-doce segue em fase de desenvolvimento irregular por causa da estiagem. Já no caso da mandioca, o problema é a dificuldade imposta pelo solo seco para a colheita. “Isto vai impactar no aumento de preço dos produtos no mínimo de 20%”, calcula o agricultor de Vila Alvorada.

"A esperança era que a chuva viesse para amenizar. Mas não ocorreu. Sabemos que o milho sofreu bastante. E a cada dia se agrava mais. A opção poderá ser a transformação em silagem. O calor e a falta de chuva afetaram ainda a produção de verduras e a pastagem. Vamos fazer um levantamento mais detalhado nesta semana", coloca o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Içara, Hercílio Jair de Estefani.

"Não estamos nem conseguindo patrolar no interior por causa da seca. A lâmina não aguenta. Nas lavouras, o feijão não consegue crescer. O fumo está assando, não dá peso e nem qualidade", complementa o secretário municipal de Agricultura, Geraldo Baldissera. A previsão da Epagri/Ciram é que a chuva ocorra a partir desta quarta-feira. A perspectiva para o verão, contudo, é de precipitação abaixo da média climatológica.