logo logo

Curta essa cidade!

HUB #IÇARA

Venha fazer também a diferença!

Comunicação + Conteúdo + Conexões

Acessar

Economia | 05/09/2023 | 09:20

Exportação de argila para Europa impulsiona setor de colorifício em Içara

Novo navio deve partir ainda este ano com mais 30 mil toneladas

Especial de Luana Mazzuchello

Compartilhar:

A empresa Colorminas encontrou no mercado internacional um importante impulso para o encerramento do processo de recuperação judicial até então enfrentado. Ao todo, já exportou para a Itália 60 mil toneladas de argila plástica. O primeiro navio saiu em outubro de 2022, o segundo em abril deste ano e o próximo deve levar mais 30 mil toneladas até dezembro.

“A exportação surgiu pela necessidade de mercado. A argila plástica brasileira é muito similar aos padrões técnicos da matéria ucraniana. Com a guerra no leste europeu, na qual a Ucrânia está envolvida, as indústrias procuraram novos fornecedores pelo mundo”, indica o diretor da Colorminas, Clayton Schueroff. Apesar da sede da indústria ser no bairro Presidente Vargas, a extração da matéria prima é realizada em jazidas do município de Pantano Grande, no Rio Grande do Sul.

Conforme Clayton, a Colorminas é a primeira empresa de colorífico do país que conseguiu vencer uma recuperação judicial. Com matéria-prima para indústrias cerâmicas de revestimentos e louças sanitárias, já são 52 anos no mercado. “A Colorminas precisou tomar esse remédio amargo que é decidir por uma recuperação judicial. Nossa recuperação foi arquivada há duas semanas. Entramos para o percentual de 23% de empresas que conseguem sair deste modo”, ressalta.

De 400 funcionários, hoje a empresa tem apenas 120. E de três plantas industriais, hoje são apenas duas no colorífico. “A gente teve que reinventar todo o processo da empresa. Sempre falamos que se trilhasse o mesmo caminho já sabíamos onde iríamos chegar”, lembra. “O mercado cerâmico passa por um momento difícil, mas estamos lutando. Nossa região é o polo do colorifício. Toda a América Latina é abastecida pela nossa região”, pontua o economista.