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Economia | 13/04/2013 | 06:23

Farben cresce na velocidade de Cacá Bueno

Especial de Altair Magagnin, do Jornal da Manhça

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Na contramão da economia nacional, que comeu poeira tendo um ínfimo crescimento de 1% do Produto Interno Bruto no último ano, a potente alavanca de 16% que a Tintas Farben alcançou em 2012 permite a empresa a acelerar. Ao celebrar 20 anos de fundação, a companhia reuniu, entre quinta e sexta-feira, diretores, representantes comerciais e demais gestores para a 17ª edição da Convenção de Vendas. Personificada pelo garoto-propaganda Cacá Bueno, a Farben pensa em “voar baixo” no setor. Por isso, anunciou um investimento de R$ 50 milhões para a ampliação do parque fabril em Içara, além da aquisição de uma fábrica em Arapongas (SP), viabilizada em 2011.

O planejamento estratégico é a alma do desenvolvimento da Farben. Desenvolvido há um ano, o projeto contempla as necessidades da empresa até 2022. O novo parque fabril será desenvolvido em fases. Ainda no segundo semestre deste ano serão iniciadas as obras dos pavilhões. Eles serão totalmente construídos, entretanto, a ocupação do parque será modular. O crescimento do complexo, em Içara, promoverá uma reestruturação completa na empresa. De acordo com o gerente comercial Ilmar Broch, hoje, a mesma planta comporta os departamentos produtivos especializados na fabricação de tintas para os setores moveleiro, automotivo re-pintura e industrial. A partir do novo complexo, as áreas serão separadas, unindo em um local a divisão moveleira, em outro o setor industrial e automotivo e em um terceiro a produção de solventes.

Broch não quantifica o nível de implantação de cada um e a velocidade para a complementação da fábrica. “É preciso acompanhar a evolução do mercado. Não podemos priorizar um segmento que pode ficar ocioso enquanto outro demanda maior produtividade”, explicou. Em um primeiro momento, 30% da implantação deve ser efetivada. Em dois anos os pavilhões ficarão prontos, empregando entre 50 e 70 funcionários na construção. Com cerca de 350 colaboradores, as ampliações devem elevar o número de empregados no futuro para mais de 400.

A ocupação do parque fabril da Farben em Içara é outra necessidade que demanda a ampliação. Atualmente, os funcionários são divididos em três turnos. Após o aumento, a intenção é diminuir para dois turnos, o que proporciona maior segurança e produtividade.

Atualmente, a Farben tem como principais segmentos o moveleiro e o automotivo, mais especificamente, para a re-pintura. A perspectiva é consolidar a atuação no ramo industrial, abrindo uma frente no mercado naval. Uma nova unidade, adquirida em 2011, na cidade paulista de Arapongas, visa atender a demanda do maior polo moveleiro do país. Cerca de 100 mil litros de tinta são produzidos por mês na fábrica.

Antes mesmo do início da nova obra, em aproximadamente 60 dias, outra intervenção fará com que a Farben alcance a autossuficiência na produção de resinas. A produção passará de 300 toneladas por mês, cerca da metade do que a indústria consome, para 900 toneladas por mês. Matéria prima indispensável para a produção de tintas, com a fábrica será possível maior controle de qualidade e competitividade.

COMPETIÇÃO - Ainda que o terreno seja inóspito, como em qualquer outro setor produtivo, a Farben busca dar passos seguros. Dois anos antes da implementação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), em 2005, a empresa diagnosticou que passaria a sofrer a concorrência dos países vizinhos. Segundo o diretor administrativo Edmilson Zanatta, com o objetivo de testar a competitividade, ao invés de esperar o ingresso dos produtos importados, resolveu expandir, investindo na exportação. “Verificamos na casa deles se éramos competitivos ou não. Assim constatamos a nossa qualidade”, lembrou Edmilson.