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Economia | 12/03/2010 | 15:04

Fumicultores registram perdas

Lucas Lemos - lucas.lemos@canalicara.com

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Das 7,5 toneladas que colheu, o fumicultor Antônio Fólis tem ainda 450kg estocados. De acordo com o agricultor içarense, a expectativa é vender a sobra até o final deste mês. Mas com isso, não conseguirá ter acesso a uma possível mudança no preço negociado entre as empresas fumageiras e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina (Fetaesc). A entidade reivindicava 19,5% de aumento. Contudo, o máximo oferecido até agora foi de 10%.

Para Antônio, o índice utilizado foi ainda menor. A única indústria em que ele vende o produto deu acréscimo de apenas 6,1%. "Além da produção ter caído, tivemos muitos gastos com fertilizantes. O lucro será bem menor", garante. Agora, a meta é conseguir, em junho, uma safra mais farta de milho e feijão para compensar a queda no rendimento.

Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Içara (Sindtrar), Jair D'Estéfani, as entidades que representam a categoria ainda aguardam uma nova conversa com representantes das quatro principais empresas do setor fumageiro. Caso se chegue a um novo ajuste, aos produtores de Içara não terá mais efeito. É que assim como Antônio, a maioria já comercializou o produto da safra 2009/2010.

Ainda segundo Jair, apenas o grupo JTI atingiu a meta estipulada, de um aumento mínimo de 10%. Já a Souza Cruz, Aliance e Universal Tabacos ofereceram de 6,1 a 7,5%. Todavia, o índice não cobre o acréscimo no valor dos insumos, avaliados em 17,4%.