Lucas Lemos [Canal Içara]
Economia | 27/09/2017 | 08:04
Fundai propõe cobrança da coleta de lixo na fatura de energia
Especial do Jornal Gazeta
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Na perspectiva de reduzir o déficit financeiro na realização da coleta de lixo em Içara, a Administração Municipal tentou um acordo com a Cooperaliança para a realização da cobrança da taxa atualmente executada na fatura de água. A proposta, no entanto, foi recusada pelo Conselho de Administração da concessionária de energia elétrica.
“A Cooperaliança recebe uma taxa para prestar este serviço. Nos surpreende pelo fato de que estão abrindo mão de receita. E principalmente, seria interessante que esta taxa, que hoje é paga à Casan, ficaria na cidade, já que seria paga à Cooperaliança, que poderia utilizar da forma que achasse melhor, mas o certo é que haveria influência na cidade”, considera o presidente da Fundação de Meio Ambiente de Içara (Fundai), Ederaldo Inácio.
“Por mais que seja especificado na fatura, os diretores entenderam que a grande maioria os consumidores apenas olha o valor total. Por conta disso, não compreenderiam o valor final. Achariam que houve aumento e não redução na energia”, justifica o diretor administrativo da Cooperaliança, Reginaldo de Jesus. “É apenas algo momentâneo. A administração viu que não é o melhor momento para que isso ocorra. Ano que vem pode-se voltar a conversar”, indica.
“Conversamos com a Cermoful e foi algo bem tranquilo. A taxa da Celesc é alta, então ficaria inviável, mas como se trata de uma área pequena, se comparada ao município, veríamos outra forma”, detalha o presidente da Fundai. De acordo com ele, o déficit na coleta de lixo supera a marca dos R$ 50 mil mensais. Atualmente são arrecadados quase R$ 230 mil por mês com a taxa do lixo. A previsão, pelo novo modelo, é que a arrecadação passe dos R$ 280 mil.
“Não é que a Casan está fazendo um trabalho ruim, é que eles realmente não atingem todas as moradias. Por isso estamos estudando esta nova fórmula. Pelos nossos cálculos, vamos passar a ter uma receita adicional, caso consigamos através da conta de energia, de R$ 35 mil com a cobrança na área rural e mais R$ 20 mil devido a uma cobrança melhor realizada nos prédios. Tudo isso, claro, é uma previsão, pode dar mais, como pode dar menos”, pondera Inácio.