Economia | 15/09/2012 | 12:04
Gasolina sem imposto gera fila em Içara
Lucas Lemos - lucas.lemos@canalicara.com
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Fagner José Wilman consome cerca de 50 litros de gasolina por mês. Isto significa que precisa reservar quase R$ 135 para andar com o próprio carro. Mas se a carga tributária fosse menor, pagaria em torno de R$ 85. O exemplo sobre o combustível é apenas um entre tantos outros possíveis sobre o peso dos tributos. Alguns dos itens fizeram parte do Feirão do Imposto na manhã deste sábado, dia 15.
O evento organizado pelo núcleo jovem da Associação Empresarial de Içara teve 3 mil litros de gasolina vendida sem a contabilização das contribuições ao governo. O produto foi o principal atrativo e atraiu consumidores também de outras cidades. Tanto que o primeiro de 150 veículos a serem atendidos pela manhã estava à espera da abertura da bomba desde as 4h. A última senha foi entregue às 11h para Fagner.
O pátio do Posto Nicão serviu também para a venda de porcelanato, de argamassa e a divulgação da campanha Unidos pela Saúde em prol do Hospital São Donato. Além disso, recebeu serviços de saúde em parceria com o Sest/Senat e a fundação hospitalar. "Este evento se tornou um elo entre diferentes entidades", enaltece a coordenadora do sindicato, Michele Ferro Honorato. "Gostamos dessa empolgação e vamos renovar a interação", completa o tesoureiro do HSD, Edmilson Zanatta.
"O evento foi um sucesso. Percebemos isto porque às 9h30 tínhamos fila desde a Avenida Procópio Lima até próximo da SC-444. A população entendeu e apoiou o movimento", comemora o presidente da Associação de Jovens Empreendedores de Içara, Filipe Pavei. Ainda conforme ele, o primeiro Feirão do Imposto em Içara ocorreu em protesto paralelo ao Movimento Brasil Eficiente. A meta na cidade é conseguir mil assinaturas para cobrar a redução da carga tributária no país.
BLITZ - A mobilização dos jovens empreendedores teve ainda a impressão de 4 mil cartilhas sobre A sombra do imposto (www.sombradoimposto.org.br). O livreto foi entregue pela manhã em blitz na Rua Vitória. O conteúdo de conscientização apresenta, por exemplo, a posição do Brasil no ranking das nações mais corruptas. O país ocupa a 73º colocação. O material também indica o caminho para denunciar. A orientação é procurar o Ministério Público.