Economia | 25/11/2016 | 08:00
Gerência do HSD aposta na sensibilização
Especial do Jornal Gazeta
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O gerente administrativo do Hospital São Donato deve apostar na sensibilidade para conseguir convencer os profissionais a não efetivarem a paralisação a partir da próxima terça-feira, dia 29. “Os bancos, que têm lucros exorbitantes, fecharam as negociações em 80% (da inflação). Não somos nós, hospitais, que temos condições de ir além disso. No nosso caso, aqui do São Donato, o máximo que podemos é oferecer 50%”, indica Júlio Cesar De Luca.
“Somente para ter uma noção, apenas no mês passado que conseguimos terminar a reposição salarial do ano passado”, sustenta. “O que nós estamos argumentando é que o hospital está há 17 anos sem reajuste na tabela SUS, fora outras questões que tornam a manutenção do hospital cara. Enfim, não há a possibilidade de irmos além disso. Não adianta eu dizer uma coisa e depois não ter como cumprir”, declara.
Antes mesmo do início da greve, o Hospital São José já teve atividades suspensas em Criciúma nessa quinta-feira. Mas, neste caso, a paralisação ocorreu porque a direção do hospital não concorda com a postura do Estado em não reconhecer a dívida apresentada pela instituição, assim como com a falta de pagamento, o que inviabiliza a prestação de serviços. O valor ultrapassa R$ 25 milhões entre dezembro/2015 a setembro/2016.
“As propostas apresentadas limitam-se à pretensão de repasse de valores que já deveriam ter sido pagos ao Hospital São José, aliadas à tentativa de impedir, no âmbito do Poder Judiciário, a possibilidade de que haja novos bloqueios judiciais de valores”, argumenta a direção em nota oficial. “Já planejamos a possibilidade de aumento na demanda e vamos buscar atender, tentar fazer o possível, mas já antecipo que é uma situação muito complicada”, coloca Júlio.