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Jornal Gazeta

Economia | 16/12/2016 | 09:17

Guloseimas para uma melhor mobilidade

Especial do Jornal Gazeta

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Cada um luta com as armas que têm para garantir o sustento e também um pouco mais de conforto. Murilo Martins é tetraplégico, mas não se custa a todos os dias ir do bairro Raichaski até o Centro para incrementar a renda e juntar dinheiro para comprar uma nova cadeira de rodas com a venda de balas. “Em agosto, impulsionado pela necessidade de incrementar a renda, comecei a vender. Algumas pessoas me deram a ideia e agora estou fazendo esse serviço”, destaca.

Devido às dificuldades motoras de Murilo, os clientes retiram da caixa o produto que querem e também colocam o dinheiro em uma bolsa. “Confesso que no começo vendia bem pouco. Não era muito não. Mas um amigo meu compartilhou a imagem e a minha história nas redes sociais, ela se espalhou e a partir de então as pessoas passaram a colaborar mais. Hoje tem pessoas que passam somente para ajudar”, declara. Ele é cadeirante há 12 anos em consequência da lesão na coluna cervical ao mergulhar em uma lagoa enquanto passava férias no Rio Grande do Sul.

“Não há uma sequência de calçadas boas para a gente andar com a cadeira de rodas. Em todo lugar há alguma coisa que atrapalha. Onde tem a calçada propícia para isso, ocorre de ter a rampa para chegar, mas do outro lado não tem a rampa para descer. Em algumas calçadas, a altura é muito grande e, se você tentar, acaba caindo. Em outros lugares, nem há calçada”, aponta o cadeirante. A melhor alternativa é trafegar pelo asfalto. “Sempre vou indo pelo cantinho e conto com a compreensão das pessoas para que tenham paciência”, argumenta.

Meta é comprar uma nova cadeira de rodas

“É uma cadeira bem mais sofisticada em relação à que eu tenho hoje. Ela me dará condições maiores de mobilidade, me dará mais estabilidade e também é mais confortável. Por conta disso, estou buscando comercializar essas balas, para que seja possível levantar os valores necessários para a aquisição”, relata. A nova cadeira custa em torno de R$ 18 mil. “Ainda falta bastante para chegar ao valor estimado. Além de vender balas, já fiz alguns eventos, por exemplo, um almoço de forma beneficente”, conta. Pessoas que queiram ajudá-lo também podem entrar em contato através do telefone (48) 99901-4328.