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Economia | 14/05/2012 | 08:47

Há 30 anos fazendo a cabeça e a barba

Especial de Clarissa Crispim, do Jornal Gazeta

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Nelson Machado, 50 anos, ganha a vida cortando cabelo e barba. Morador de Içara há 22 anos têm sua barbearia instalada anexa ao Posto Nicão, no Centro da cidade, onde conta com uma excelente clientela. “Muita gente frequenta minha barbearia acredito que pela qualidade e perfeição do corte. O tempo do corte depende do que o cliente pede, mas geralmente levo uns dez minutos”, calcula. O segredo está no uso de máquinas importadas. “Fica mais perfeito”, afirma.

A história de Nelson na capital do mel começou com um salão de beleza unissex que teve que fechar segundo ele por preconceito de algumas pessoas. “Principalmente os mais velhos que evitavam entrar num salão que atendia homens e mulheres. Mas isto não foi problema para mim, fechei o salão e abri a barbearia”, conta.

Até então promotor de vendas do ramo alimentício, Nelsinho tomou gosto pela nova profissão numa visita a um primo que morava em Joinville. “Ele juntamente com sua família comandava um salão de beleza e me encantei. Procurei por cursos na área e fiz por lá mesmo. Acabei fixando residência na cidade e abri meu salão estilo cinco estrelas. Toda quarta-feira e sexta-feira tinha música ao vivo. Um sucesso”, recorda.

Em Joinville ele ficou por dez anos. Depois resolveu voltar para Içara. “Aqui passei a dar cursos e consegui formar alguns discípulos como o Zorro e o Alexandre, ambos considerados excelentes profissionais”, conta satisfeito. Aos 32 anos de profissão, a barbearia do Nelsinho, oferece serviços diferenciados. Um deles é uma cadeira de massagem para o cliente usufruir enquanto aguarda o atendimento, além de um espaço temático criado especialmente para as crianças.

Sem contar que o local se tornou ponto de encontro para os homens da cidade conversar sobre vários assuntos. “Aqui atendo pessoas das mais variadas profissões e o bate-papo é variado. Muitas vezes devido a minha amizade com os empresários, entre uma conversa e outra fico sabendo de oportunidades de empregos que divulgo para quem está interessado”, destaca ele. Solidário, revela que já aconteceram casos do cliente não pagar por seu serviço. “Eram pessoas humildes e optei por não cobrar”, comenta.

Nelsinho não pensa em se aposentar tão cedo, não consegue se imaginar parado e espera ensinar a profissão ao seu filho Samuel, hoje com três anos. “Meu desejo é que ele siga minha carreira, afinal é com ela que conquistei tudo o que tenho”, finaliza.