Home office: uma opção para empreender

Seja para complementar os ganhos ou então ser a principal fonte de renda, o trabalho em casa exige disciplina. Ana Luzia Nobre precisou de pelo menos seis meses para se adaptar ao fim do horário que tinha como diagramadora. Ela adquiriu uma máquina de bordados, se especializou nesta nova função e desde então um dos cômodos da casa no bairro Jardim Elizabete virou local de produção. “Acho que trabalho mais agora, todavia é ótimo”, garante.

“Minhas tardes sempre são para o trabalho. Se o volume de serviço é grande, utilizo as manhãs também. Tenho a liberdade de parar a hora que quiser, sair se for preciso e tomar um chá. Não há chefe cobrando. Eu sou a chefe. Eu me cobro”, ressalta. “É muito bom, mas precisa se organizar bem. É muito fácil perder a atenção no trabalho”, alerta aos escritores, designers, manicures, programadores e outros profissionais interessados no home office.

Principalmente em metrópoles, uma das vantagens é não precisar pegar o trânsito. Além disso, as despesas são compartilhadas, há mais privacidade profissional, possibilidade de gerenciamento de prazos e de horários. Mas, isto não significa trabalhar de pijama, tampouco relaxar na organização. Conforme Ana, a disciplina é necessária para haver alguma rotina. É preciso manter ainda a convivência social, buscar atualização e reservar espaço para a família.

Conforme o manual de ideias de negócios do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, o home office ainda é embrionário no país, mas com mercado amplo. Aqueles que conseguem crescer devem prever a possibilidade ainda de ampliação para espaços maiores. No entanto, 80% entram em crise ou até mesmo encerram as atividades antes do quinto ano de existência, principalmente, pela falta de experiência ou planejamento.