Içara terá decreto de calamidade diante das perdas na agricultura com a estiagem

Além da condição de emergência devido a pandemia, Içara também vai decretar calamidade por causa da estiagem. “O decreto já foi encaminhado e deve ser publicado até amanhã. Isso vai dar alguma condição facilitada para concessão de crédito aos agricultores. Também estamos trabalhando para auxiliar na abertura de pequenos reservatórios nas propriedades e lançamos uma licitação para contratar mais máquinas para ajudar”, indica o prefeito Murialdo Canto Gastaldon (MDB).

“Além da pandemia, da crise econômica, social e na educação – com o risco de perda do ano letivo – lidamos agora com uma crise na agricultura. É uma condição climática, eu sei, mas precisamos rever as políticas implantadas. Elas não estão sendo eficientes para a segurança hídrica e a irrigação”, completa o prefeito. Conforme estudo realizado pela Epagri de Içara, a diminuição pluviométrica nos primeiros meses de 2020 já atingiu R$ 11,2 milhões de perda. Entre as culturas mais atingidas está o milho (safrinha), gado de corte, leite e soja.

Municípios em situação crítica

Os prefeitos da Região Carbonífera terão reunião com o secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Ricardo de Gouvêa, nesta quinta-feira, dia 7. A pauta central na sala virtual será a busca de ações para minimizar os efeitos da estiagem.

Segundo o coordenador regional da Defesa Civil, Rosinei da Silveira, quatro municípios da região já estão em situação crítica: Orleans, Morro da Fumaça, Urussanga e Cocal do Sul. Nenhum deles é abastecido pela Barragem do Rio São Bento, por isso, estão sob risco de desabastecimento urbano.