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Economia | 10/08/2010 | 11:37

Impacto da tecnologia no campo

Lucas Lemos - lucas.lemos@canalicara.com

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Enquanto a produção de fumo encolhe na cidade, o cultivo de arroz irrigado tem demonstrado crescimento. Esta afirmativa tem como base o comparativo das estatísticas da Epagri de Içara, do primeiro semestre de 2001 com os números de abril de 2010. No primeiro ano, a colheita dos grãos de arroz havia somado 10,8 mil toneladas. Já na segunda época utilizada como referência, este número subiu para 13,1 mil. A variação ficou em 21%. Enquanto isso, o tabaco passou de 8,6 mil para 7,3 mil toneladas, com uma queda de 15,1%.

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O encolhimento frente a outras culturas não é uma exclusividade do fumo. O plantio do feijão, por exemplo, teve uma queda ainda maior. De 2001 a 2010, a colheita acabou reduzida em quase 40%. Passou de 5,8 mil para apenas 3,3 mil toneladas, incluindo a soma da safra e da safrinha.

Conforme o secretário de Agricultura, Silvio Viana, a diferença de produção foi influenciada diretamente pela tecnologia disponível. “Há 10 anos, o arroz era plantado manualmente. Já nos tempos atuais, são utilizados aviões para isso”, afirma ele. Os equipamentos também facilitaram a adubagem e a colheita. “Consequentemente a área plantada foi ampliada, com o emprego de menos pessoas”, relata.

Em relação às agroindústrias familiares na cidade, o número ficou estagnado. Mas, aumentou a variedade de atuação delas. Em 2001, eram cerca de oito. Desse total, cinco tratavam da produção de cachaça e três eram destinadas a moagem da mandioca. Já em 2010, a produção caseira autorizada pelo Sistema de Inspeção Municipal (SIM) atingiu duas empresas de ovos caipiras, além de unidades produtoras de derivados do leite, embutidos de suínos, confeites, vassouras, biscoitos e pamonhas.

“Queremos que nos próximos 30 anos a cidade passe de referência no fumo para uma das maiores produtoras de hortaliças”, revela Silvio. Ainda segundo ele, as constatações comparativas mostram que o caminho está sendo trilhado certeiramente para a concretização da meta. A intenção é diversificar as culturas para garantir estabilidade municipal na área rural devido a menor dependência de apenas um determinado cultivo. O incentivo às agroindústrias familiares também é necessário para evitar o êxodo rural. Além de garantir a profissionalização das atividades, com a certificação de qualidade dos produtos, a legalização aumenta também a arrecadação de impostos.