Economia | 15/02/2013 | 09:54
Integração passa pela sinalização turística
Especial de Djonatha Geremias, do Jornal da Manhã
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Um município indica atração turística do outro município. Essa é a ideia central que ganha cada vez mais corpo na Região Carbonífera quando o assunto é turismo. Com o desenvolvimento das cidades, percebeu-se que é muito mais difícil o crescimento da economia no setor turístico se as prefeituras agirem individualmente.
Com base nessa filosofia, que vem ganhando espaço nos planejamentos dos governos executivos, representantes da pasta de Turismo de seis municípios da região se uniram nesta quinta-feira, dia 14, na sede da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec), em Criciúma, para debaterem ações integradas que otimizariam o fluxo de turistas por meio dos limites municipais. Participaram Içara, Criciúma, Nova Veneza, Urussanga, Morro da Fumaça e Cocal do Sul. Os demais integrantes da Amrec não compareceram ou não conseguiram ser contatados.
O principal foco da pauta da reunião foi a utilização de recursos do Governo do Estado para a criação de novas placas turísticas de forma que beneficiasse os municípios vizinhos. Segundo a diretora de Turismo de Urussanga, Daniela Miotelo Mondardo, o Estado destinou recursos para as cidades da Região Carbonífera, para que cada uma instalasse quatro novas placas que indiquem destinos turísticos. Cada placa pode contar no máximo três indicações.
“No entanto, há municípios que não têm número suficiente de atrativos turísticos para preencher as quatro placas. A ideia do colegiado é que cada município ceda uma indicação por placa para apontar o caminho para um destino turístico de outro município, ou até mesmo ceder uma placa para o município que precisarem mais”, sugeriu Daniela.
Segundo o diretor de Turismo de Criciúma, Ismail Ahmad Ismail, esse plano integrado segue o objetivo de desenvolver toda a região turisticamente e, por consequência, a economia. O representante da Secretaria de Cultura e Turismo de Nova Veneza, Giliard Cesconetto Gava, que intenta ser o secretário a partir de abril, afirma que o que faz a diferença é a unidade. “Entendemos que os municípios convidados que não compareceram não querem as placas ou não têm interesse na integração”, diz Gava. Ainda assim, Ismail ficou de tentar novo contato com eles.
A diretora Daniela esclarece que há exigências para a confecção das placas: as indicações precisam ser de destinos turísticos já consolidados no município, isto é, não pode ser novos projetos ou instalações recentes; não pode ser um destino comercial, é preciso que seja algo aberto ao público gratuitamente de domingo a domingo; cada uma das quatro placas pode ter no máximo três indicações com nome e direção de seta; não pode indicar bairro ou município, apenas a atração em si, exceto em casos em que o nome da cidade esteja inclusa no nome do atrativo, tais como Gôndola de Nova Veneza, Santuário de Nossa Senhora do Caravaggio, etc.
Para a próxima reunião, marcada para o dia 20 de fevereiro, às 14 horas, também na Amrec, os municípios se comprometeram de trazer uma lista dos destinos turísticos que querem colocar nas novas placas, bem como um mapeamento com sugestões de onde querem a instalação, para que juntos possam decidir as indicações intermunicipais, com estratégias geográficas como, por exemplo, levar em consideração quais municípios são cortados por rodovias estaduais. O prazo para as prefeituras encaminharem os pedidos é até fim de fevereiro.
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