Lei anti-tabagista é rejeitada

Tendência em diversas cidades brasileiras, a Lei Anti-Tabagista não passou em segunda votação na Câmara Municipal de Içara. Dos nove legisladores que se manifestaram na noite de segunda-feira, dia 28, somente dois se mostraram a favor da proposta que proibiria o uso de produtos derivados do tabaco em locais fechados. Foram Jure Carlos Bortolon (PMDB) e o autor da proposta, Darlan Carpes (PP). A análise da matéria foi acompanhada de perto pelos agricultores.

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“Me surpreendo muito com algumas questões. Quando o Governo Federal começou a fazer campanha contra o cigarro, pasmem, aumentou a venda dos cigarros de 6 a 7%”, rebateu Darlan. “É um retrocesso”, completou ele sobre o projeto negado.

Na avaliação de Marzinho do Pereira (PP), o governo tem que dar alternativas para o cultivo de outros produtos, menos prejudiciais para a saúde. Mas enquanto isto não ocorre, ele e os outros seis vereadores acreditam que a lei afetaria diretamente a economia municipal se aprovassem a restrição ao uso do tabaco. Isto porque Içara é atualmente a terceira maior produtora de fumo no Estado.

“Os vereadores tiveram bom senso. Içara não terá nada a perder", comentou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais da cidade, Jair D’Estéfani. "Não estamos defendendo o uso. Mas não queremos ser referência para que outros municípios adotem a mesma medida anti-tabagista", finalizou.