
Economia | 11/08/2010 | 15:18
“Levamos uma vida diferente”
Amanda Tesman (Jornal A Cidade) - acidaderincao@gmail.com
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Neste momento, a equipe do parque de diversões que esteve em Içara nas últimas semanas trabalha na montagem dos equipamentos em Santo Antônio da Patrulha (RS). Esta é a rotina daqueles que viajam para levar entretenimento às pessoas, nas diferentes cidades dos dois estados. Quem exerce esta função não tem tempo para visitar os familiares. “Se estamos com muito serviço não temos tempo de voltar para a casa”, fala Juliano Oliveira, que possui residência fixa em Porto Alegre (RS), porém só consegue visita-la uma vez por mês.
Há 22 anos, Juliano desempenha a profissão. A paixão pelo serviço iniciou quando era criança. Na época de garoto, o pai era proprietário de um parque de diversões. “Cresci andando de um lado para o outro, visitando diversos lugares com meu pai”. Ele ainda conta que os brinquedos foram vendidos depois que o pai faleceu. “Após dois meses eu e meu irmão, Sandro Oliveira, compramos o Samba”.
Hoje, seguindo os mesmo passos do pai, Juliano construiu uma família junto com Caroline, sua esposa, que sempre o acompanha nesta jornada. O casal tem uma filha, Júlia, de apenas seis meses. Caroline também foi criada junto com os pais em um parque de diversões. Atualmente, os pais de Caroline, a cunhada e o irmão de Juliano, Sandro Oliveira, trabalham no mesmo local. “Cada um tem uma função aqui”, conta.
Em média, são feitas 42 mudanças com o parque por ano. “Participamos de muitos eventos. Saímos de um lugar e já vamos direto para outro”. Com a estrutura existente, eles chegam a cobrir duas festas na mesma semana. No período que permaneceu em Içara, outra parte estava montada na Festa do Vinho, em Urussanga. E esta semana, por exemplo, além de estar no RS, os brinquedos também estarão na cidade de Siderópolis (SC).
Para o parque ganhar forma demora cerca de uma semana. Já para desmontar é mais rápido, apenas um dia. Conforme Juliano, esta correria é rentável. “Com o que recebo consigo manter a minha família”, destaca sem revelar o valor. Para não gastar com hotel, eles ficam em motorhome, geralmente instalados nos fundos do brinquedo. “É um trabalho diferente das outras profissões. Tem que gostar”, revela. “É possível fazer novas amizades em cada canto que paramos”, ressalta.
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