Economia | 28/08/2018 | 09:00
Mercado imobiliário reage após a crise
Especial do Jornal Gazeta
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Sinais de recuperação econômica fazem o mercado imobiliário reagir. Segundo o presidente do Sindicato da Habitação do Sul de Santa Catarina (Secovi Sul/SC), Helmeson Machado, o crescimento nas vendas alcançou 27,9% no primeiro semestre, mais do que a média nacional, que foi de 14,7% no mesmo período. Em contrapartida, as locações tiveram queda de 50% em média.
“O varejo é um dos primeiros setores a serem atingidos com a crise e influencia diretamente nas locações”, explica. “O mercado precisa de retorno do investimento, por isso as vendas cresceram mais. As construtoras voltaram a investir, acreditando que tudo se estabilize no ano que vem”, comenta. Segundo Helmeson, a recuperação depende muito da confiança do consumidor.
“Nosso foco são nas vendas online. Conseguimos compensar na parte digital”, aponta o profissional de marketing do ramo, André Pasquali. “Como trabalhamos mês a mês, conseguimos manter o ritmo e, mesmo com a paralisação (dos caminhoneiros), não tivemos alteração nas vendas e nas locações”, declara a gerente e corretora de imóveis, Adriana Lima. Uma das esperanças para o fortalecimento do setor é a queda de juros.
Na semana passada, a Caixa Econômica Federal anunciou a redução de até 0,5 ponto percentual das taxas de juros do crédito imobiliário para operações com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). As taxas mínimas passaram de 9% para 8,75% ao ano, no caso de imóveis dentro do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), e de 10% para 9,5% ao ano, para imóveis enquadrados no Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI).
Além da redução de juros, a Caixa também promoveu melhoria das condições no financiamento de imóveis para pessoa física. O limite de cota de financiamento de imóveis usados subiu de 70% para 80%. Todas as mudanças já estão em vigor. De acordo com o presidente da Caixa, Nelson Antônio de Souza, a nova redução das taxas de juros facilita o acesso à casa própria e contribui para a retomada de investimentos no setor da construção civil.