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Economia | 29/07/2020 | 08:52

Na crise, a economia de Içara se destaca

Içara puxa reação regional na geração de empregos em junho

Andréia Limas

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Na semana passada, comentei neste espaço que, em meio à crise, a economia de Içara continua crescendo, com a abertura de empresas e a consequente geração de emprego e renda, bem como o impulso à movimentação econômica e à arrecadação de impostos.

Pois nessa terça-feira, dia 28, o Ministério da Economia divulgou os dados de junho do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) e eles mostram a cidade como o destaque da Região Carbonífera no mês passado.

Junho terminou com saldo positivo de 213 postos de trabalho com carteira assinada na comparação entre contratações e demissões na região, sobretudo, devido ao desempenho içarense, que teve 203 admissões a mais que desligamentos. Significa dizer que, na soma dos outros 11 municípios, houve a adição de apenas dez vagas.

Comemoração

Os números são motivo de comemoração para o prefeito Murialdo Gastaldon. “A cidade continua pulsando muito bem e esses números só confirmam a situação da economia local. Içara foi o município que menos perdeu em termos de movimento econômico e é o que mais gera empregos de toda a região”, aponta, ressaltando que o aumento na oferta de vagas com carteira assinada foi verificado em todos os setores.

Desempenho esperado

De acordo com Gastaldon, o desempenho na geração de empregos já era esperado. “Nós tínhamos essa expectativa em relação ao mês de junho, em razão principalmente da presença do Combo e do Carrefour (unidades atacadistas inauguradas na semana passada), porque muitas das contratações deles aconteceram naquele período. E também em razão da Librelato, que trabalha com implementos rodoviários e teve um resultado muito positivo, pois fornece a empresas que atuam no agronegócio. O câmbio favoreceu, a taxa de juros está baixa e o agronegócio aproveitou para renovar sua frota”, citou o prefeito.

Demais municípios

O saldo positivo da Região Carbonífera em junho contou ainda com a participação de Forquilhinha, com a criação de 133 vagas; Nova Veneza, com 81; Urussanga, 74, e Treviso, que teve duas contratações a mais que demissões. Os demais municípios perderam postos de trabalho no mês passado: Balneário Rincão (-1), Cocal do Sul (-22), Criciúma (-229), Lauro Müller (-3), Morro da Fumaça (-11), Orleans (-11), Siderópolis (-3).

Primeiro semestre

Apesar da reação em junho, a região encerrou o primeiro semestre com 2.292 demissões a mais que contratações, reflexo direto das restrições à economia impostas pela pandemia de coronavírus, sentido principalmente nos meses de abril e maio pelo mercado de trabalho formal. Essa tendência também foi observada no Estado. Santa Catarina abriu 3.721 vagas em junho, mas no acumulado do ano contabiliza uma perda de 53.592 postos com carteira assinada. Em nível nacional, o mês passado ainda apresentou mais desligamentos que admissões, resultando em saldo de 10.984 vagas a menos. Entre janeiro e junho, foram perdidos 1.198.363 postos de trabalho formal no Brasil.

Balança Comercial

Apesar das quedas significativas de abril (-45,5%) e maio (-24,8%), Içara encerrou o primeiro semestre com uma pequena variação (-1,3%) nas exportações em relação ao mesmo período do ano passado, mantendo o volume comercializado na casa dos US$ 15 milhões. Já as importações tiveram aumento de 7,6% na mesma comparação, com o valor importado sendo superior a US$ 5,1 milhões nos seis primeiros meses deste ano. Isso representa um saldo de US$ 10.095.288 na balança comercial de janeiro a junho, contra US$ 10.658.371 no mesmo período do ano passado, queda de 5,3%. Santa Catarina registrou retração de 12,2% nas exportações durante o período de janeiro a junho, quando comparado com o ano anterior, enquanto o Brasil teve queda de 7,1%. Em mesma análise, as importações registraram retração de 11,3% no Estado e de 5,2% no país. No acumulado do ano, a diferença entre importações e exportações garantiu saldo positivo para o Brasil de US$ 23,035 bilhões, mas Santa Catarina importou US$ 3,2 bilhões a mais do que o volume exportado.

Pesquisa

A Secretaria Executiva de Assuntos Internacionais (SAI) elaborou uma pesquisa para mapear os principais desafios do comércio exterior em Santa Catarina. O objetivo é construir propostas de políticas públicas alinhadas às expectativas e necessidades do mercado, e assim, destacar o Estado no cenário global. Estima-se que a pesquisa alcançará pelo menos 50 mil empresas catarinenses e o prazo de resposta é até 31 de julho. Intitulada “Comércio Exterior de SC: 2020-2030”, a pesquisa será enviada por meio das entidades que representam o comércio exterior catarinense.