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Economia | 04/07/2012 | 08:33

O cartão de visitas de uma empresa

Especial do Jornal Gazeta

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Simpatia e paciência. São essas duas características que Verônica Goulart tem que apresentar todos os dias, independente do seu humor ou problema que esteja passando. Isso porque, o seu trabalho exige um excelente atendimento, de maneira responsável, prestativa e calma. Há seis anos ela trabalha como telefonista na Giassi & Cia Ltda em Içara. Verônica conta que já passou por diversas situações constrangedoras, mas com muito jogo de cintura conseguiu sair de todas elas.

“Já passei por várias situações de estresse, mas aprendi a ser muito paciente para lidar com elas. Tenho muito controle, simpatia e principalmente muito carinho para com as pessoas. Dessa forma, as pessoas que estão estressadas ao telefone vão se acalmando na medida em que conversamos”, declara.

A telefonista é a responsável por transferir as ligações e é, muitas vezes, o primeiro contato que o cliente tem com a empresa. Por isso, um bom atendimento é primordial. “Trabalho na Administração Central e meu papel é transferir ligações de clientes externos e internos (colaboradores) para os setores correspondentes (Compras, Contabilidade, Jurídico, Centro de Distribuição, entre outros). Também realizo ligações a pedido de colaboradores. Meu trabalho é realizar essas atividades com agilidade, de forma que não prejudique o atendimento ao cliente”, conta a telefonista.

Segundo Verônica, ela se tornou o cartão de visitas da empresa. “Gosto muito do meu trabalho, pois a telefonista geralmente é o primeiro contato da empresa. Ela acaba sendo o cartão de visitas de uma empresa, e a forma como a telefonista atende, refletirá na imagem que o cliente terá da empresa. Por isso, me esforço ao máximo para que todos se sintam acolhidos, bem atendidos em cada ligação”, pontua.

Além de oportunizar uma renda, o profissão também oferece outras inúmeras vantagens. Verônica diz que o contato diário com as pessoas, faz crescer muitas amizades. “Em meu trabalho também faço muitos amigos, e muitas dessas amizades acontecem somente via telefone, sem nunca termos nos visto pessoalmente. A profissão de telefonista também possibilita conhecer pessoas de diversas partes do Brasil e do exterior, e geralmente muitas pessoas nos conhecem também”, afirma.

Mas, como todas as profissões, a de telefonista também tem suas dificuldades. Decorar os diversos números da empresa, de acordo com Verônica, é apenas um mero detalhe. Difícil mesmo é manter a calma para se sobressair das situações inusitadas. “Decorar números é algo que vai ocorrendo naturalmente, na medida em que vamos trabalhando. É bastante comum as pessoas me ligarem para questionarem a respeito de números telefônicos, visto que trabalhamos com eles diariamente. Como há muito fluxo de ligações, penso que um dos desafios da telefonista é trabalhar com agilidade realizando um bom atendimento. Outro desafio é saber lidar com situações de estresse, visto que a telefonista trabalha sob pressão. O trabalho de telefonista também requer que se pense muito rápido para resolver os problemas.”, sintetiza.

Para quem está iniciando na área uma dica. “A telefonista deve ter bastante paciência” e completa “Também gostar de atender pessoas, ser bastante gentil, ser organizada, ser comprometida em ajudar o cliente externo e interno e ser ágil ao mesmo tempo”, finaliza.

Na verdade, a tradição de manter uma telefonista em uma empresa se tornou um pouco antiga. Hoje, é difícil o estabelecimento que contrata o profissional para designar apenas esta função. Geralmente, a pessoa é contratada como secretário (a) e, consequentemente, recebe a função de atender telefone, transferir ligações e repassar informação.

Esse é o papel de Jéssica Mateus. Ela, que tem apenas 18 anos, trabalha há um ano como secretária e telefonista na empresa Farben, em Içara. Apesar da pouca experiência, Jéssica revela que é apaixonada pelo que faz.

“Eu gosto muito do meu trabalho. É bom porque eu tenho contato com muita gente, descubro novas pessoas e aprendo cada dia mais. Esse contato, faz com que tenhamos mais experiência tanto na vida pessoal, quanto profissional”, relata.

Assim como Verônica, Jéssica também já passou por situações constrangedoras. “Sempre tem alguém que não está num bom dia e acaba descontando tudo na gente. Mas como meu papel é ser sempre simpática, eu mantive a calma e me sai bem nessa situação”, declara.

Desde que começou a trabalhar como telefonista e secretária, Jéssica diz que aprendeu a ser mais organizada e ágil. “O telefone toca toda hora, o chefe lhe solicita alguma coisa, alguém pede um número de telefone, outra pessoa te chama. Tudo ao mesmo tempo. E, para não se perder, é preciso ser muito organizada. Ter bastante atenção e ser paciente para conseguir dar conta de todo o trabalho”, explica.

Jéssica revela que está feliz com o seu trabalho e se sente realizada com o que faz. “Eu gosto muito dessa coisa de comunicação. Me sinto feliz aqui e venho trabalhar com muita vontade. Para quem está começando agora meu conselho é que seja muito dedica, paciente e responsável com aquilo que está fazendo. Com isso, o reconhecimento chega fácil”, finaliza.