Economia | 28/05/2014 | 09:24
Operários da arte em cerâmica, parabéns!
Especial do Jornal Gazeta
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“Iniciei na cerâmica por influência de meu pai”. É o que comenta o içarense, Daniel da Silva Honorato, 22 anos, morador do Loteamento Jussara, no bairro Jardim América. “Ele já tinha trabalhado no setor. Além disso, o que me atraiu bastante foi o fato de a região ter bastante emprego na área, um segmento em que você consegue crescer dentre dele e motiva a buscar conhecimento”, acrescenta. O orgulho pela profissão é ainda maior nesta quarta-feira, dia em que é comemorado o Dia do Ceramista.
Segundo ele, na adolescência surgiram dúvidas sobre qual área seguir. “Mas afirmo que fiz a escolha certa e não há do que me arrepender”, acredita. “Na região há inúmeras indústrias diferentes no setor. Isso torna a área interessante. E a cerâmica é um caminho muito bom para ser seguido. São obras e obras acontecendo e a cerâmica é algo que não para. É um setor muito atraente”, destaca.
Formado há três anos pelo curso de técnico em cerâmica, no Colégio Maximiliano Gaidzinski, em Cocal do Sul, há quatro anos Daniel atua na Eliane Revestimentos Cerâmicos, na localidade de Primeira Linha, em Criciúma. “Comecei como estagiário. Na época eu fazia o Ensino Médio no período da manhã e à tarde fazia o curso técnico”, diz. “A partir do estágio fui assumindo novas funções e hoje atuo como Supervisor do Setor de Polimentos. O legal da empresa é que se tem uma promoção, buscam profissionais que já atuam lá”, diz satisfeito.
Com o curso técnico completo, atualmente ele cursa Engenharia Civil, na Unesc. “Trata-se de um novo aprendizado e vem a acrescentar em minha vida profissional. Qualquer qualificação que eu procurar vai ser bom. É assim que funciona o meu pensamento. E na própria empresa muitas vezes não precisa necessariamente ter gente voltada para a cerâmica. E Engenharia Civil ainda tem um pouco de ligação com cerâmica, ajudando no crescimento dentro da empresa. Esta situação amplia o crescimento e não é específico em uma área apenas”, destaca.
Conforme Daniel, a cerâmica não é um processo único. O departamento técnico determina a quantidade aplicada de cada produto. Depois disso, o material fica em repouso para homogeneizar a massa. Posteriormente vem o processo da polinização e, na sequência, a prensagem. A linha de decoração tem como tarefa deixá-lo mais bonito. A queima serve para que o material mais resistente. Somente depois de todo este processo, que chega ao setor cuidado de Daniel.
“Tem o polimento, que deixa o material um pouco mais brilhoso. É também retificado, acertando as partes laterais para na hora do assentamento não ter variação de tamanho, o que complicará para o pessoal que fizer o assentamento”, comenta. Por último, há o setor de classificação, já que durante todo o processo pode acontecer de ter algum defeito, por isso há as divisões entre os materiais bons e ruins. “O material ruim, que é recuperável, acaba sendo refeito, e os demais são divididos entre A, B e C. É esta variação que interfere no preço final ao consumidor”, finaliza.