Economia | 04/09/2012 | 11:14
Opinião: Administradores suicidas
Publicitário Alessandro Dal Ponte
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Vivemos em um mundo onde nossas escolhas definem nossa personalidade. Uma expressão um tanto complexa para um tema um tanto simples. Fazer uma escolha - geralmente - é algo extremamente simples, porém, lidar com o reflexo e as ações que essas escolhas trazem é motivo de grandes preocupações.
Muitas são as dúvidas que afetam os empresários no mundo globalizado Podemos citar algumas como a constante mudança na forma de ver o mundo das novas gerações, o crescimento acelerado da economia e de novos e lucrativos nichos de mercados, o novo poder de controle que os consumidores exercem sobre as marcas e as tantas pesquisas de mercado oferecidas nos dias atuais.
Mas até onde as preocupações afetam o correto andamento das organizações? A resposta a este questionamento reside na essência da própria pergunta. Quem disse que existem fórmula mágica ou receita de bolo que ensine gerir uma empresa? Existem diversos métodos, perfeitamente aplicáveis, de gestão que norteiam os investidores e administradores. Não existe uma aula que ensine o empresário a ser ousado e a correr riscos visando os saltos de lucratividade.
Somente o sexto sentido empreendedor, também conhecido como “feeling” no mundos dos negócios, é o grande aliado de qualquer visionário. Com certeza, o medo de errar fecha muito mais portas do que a ousadia daqueles que tentaram. O grande mestre Steve Jobs sempre afirmava que só os loucos que pensavam que podiam mudar o mundo, um dia conseguiriam. São estes loucos que criam grandes empresas, estes mesmos malucos desenvolvem grandes produtos que revolucionam o modo de interação com o universo em que estamos inseridos.
Cuidado! Não devemos confundir o “louco” com o “suicida”. O louco é aquele que de alguma forma fundamenta suas visões, que é tão doido que consegue transformar sua marca ou seu produto num ato de fé e que faz os consumidores amarem seu produto. O suicida é aquele que acredita tanto nas suas ideias que esquece de avaliar o que mercado acha delas, esquece de ouvir aqueles que vão comprá-las.
Você pode escolher o caminho que mais se enquadra com a sua empresa, pode fazer as melhores escolhas, aquelas mais seguras, mas não espere que o mercado premie seu medo com lucratividade. Só a genialidade de um verdadeiro louco é suficientemente recompensada. Pense nisso! As pessoas querem produtos para se apaixonar, querem marcas para chamar de suas, querem dizer a todo custo “como eu conseguia viver sem isso?”. Sucesso e ótimos negócios para todos...