Panificação, uma saborosa profissão

O pão nosso de cada dia exige amor no preparo. “Quando há carinho o produto sai diferenciado”, garante Maurício Nunes da Silva. A primeira fornada começa a ser preparada às 3h30. E dentre as diversas variedades de pão, pelo menos 3 mil unidades são assadas para a venda logo nas primeiras horas da manhã. Ao final da tarde este número chega a quadruplicar. “Todos querem um pão sempre novinho”, acrescenta.

No caso de Maurício, a panificação foi uma oportunidade profissional que surgiu ainda na adolescência. Após seis meses como embalador, apareceu a chance de mudar de função. Desde então já se passaram 20 anos, dos quais, em oito ele coordena uma equipe de 63 pessoas no Giassi de Içara. Tudo é controlado na produção. Há níveis certos de temperatura, além do uso de maquinários e ingredientes especializados.

“O que me motiva é o cliente sair satisfeito com um produto feito pelas nossas mãos”, ressalta. A carreira também é um atrativo. Não falta emprego para quem tem vontade, motivação e esforço. “Para ser um padeiro de sucesso precisa ser criativo. É necessário pensar em novos formatos e sabores diferenciados”, aponta o autor de pelo menos 10 produtos já inseridos na rede de supermercados. A preferência dele é pelo pão com requeijão.

Consumido ao longo de milênios, as variações para o pão são diversas. Mas o tipo francês, de trigo ou d´água ainda é o principal. Cada região possui também demandas específicas que mudam conforme a colonização. Igualmente influi a estação. “No verão a produção do pão francês é ainda maior devido as festas”, relata. No inverno, por exemplo, aumenta a procura pelo pão italiano. “É um bom produto para ser acompanhado com vinho ou sopa”, sugere para os dias de frio.