“Para o comércio, a pandemia representa prejuízo”, declara presidente da CDL

Além de todos os problemas relacionados à saúde, a pandemia de coronavírus mexeu com a economia, exigindo das empresas adaptações e alternativas para continuar no mercado. Mesmo assim, alguns setores não tiveram como evitar as perdas, como é o caso do comércio, que sofre novas restrições enquanto ainda tenta se reerguer.

“Infelizmente, para o comércio, a pandemia representa muito prejuízo. O comércio foi apontado como vilão e não é o responsável por essa situação. O movimento diminuiu por causa das pessoas que acabaram perdendo seus empregos; e as mercadorias também aumentaram muito. A população acabou perdendo seu poder de compra, porque houve aumento nos alimentos, remédios, e isso reflete em perdas para o comércio”, afirma o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Içara (CDL), Paulo Roberto Brígido.

“Temos consciência de que isso não vai terminar tão cedo e não foi o comércio que deixou de fazer a sua parte. Quem não fez o que deveria foi o governo, que não aumentou os leitos de UTI de forma a atender a demanda, não se preparou para enfrentar a pandemia. Nós sempre tivemos um problema sério na saúde, justamente porque os governantes nunca se prepararam, e a pandemia só agravou esse quadro”, considera.

Na avaliação do presidente da CDL, o poder público também falha na fiscalização, ao não coibir as aglomerações. “Nessas festas, comemorações clandestinas, as pessoas estão comendo, bebendo, se aglomerando sem usar a máscara. E o resultado são novos casos de covid, principalmente entre os jovens, pois os idosos já aprenderam a se proteger. Claro que as pessoas também se cansaram (dos cuidados), pois é algo que já se prolonga há mais de um ano”, pontua. Paulo também ressalta a morosidade na vacinação contra o vírus.

CAMPANHA - Em resposta ao momento de enfrentamento da pandemia e também de posicionamento contra a possibilidade de limitação estendida das atividades, a CDL de Içara lançou na semana passada a campanha “Comércio Aberto é Sobrevivência”, defendendo que as lojas não voltem a ser fechadas. “A campanha é um grito de alerta e está sendo bem aceita. O vídeo tem repercutido muito bem”, avalia Paulo.