Economia | 12/06/2012 | 08:36
Pescadores comemoram boa temporada
Especial de Amanda Tesman, do Jornal da Manhã
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Desde a segunda quinzena de maio os pescadores aguardavam por uma boa safra de tainha. Mas ela só apareceu na última semana, em virtude do frio e do vento sul. E o período de espera valeu a pena. Em pouco tempo os resultados têm sido bastante expressivos. Segundo a presidente da Colônia de Pescadores Z-33, Zeli Geraldo, cerca de 50 toneladas de tainha foram capturados até segunda-feira, dia 11.
Um lance expressivo foi capturado na praia de Campo Bom, em Jaguaruna. “Esperávamos em toda a temporada pegar cerca de 80 toneladas. Nossas expectativas estão sendo superadas. O frio chegou e a tainha veio atrás, e é provável que apareça ainda mais”, comemora. Somente no dia 11 o grupo que acompanhou o pescador Edimilson Borges apanhou 14 toneladas da espécie. A esperança era de que o número fosse maior, já que no meio da tarde, após a segunda pesca, outro barco entrou no mar visando um novo cardume.
A venda do peixe acontece na própria beira-mar. Borges explica que quando o grupo entra no mar em busca das tainhas, quem fica em terra já aciona os donos de mercados e peixarias, que vão diretamente ao local para resgatar o produto. O quilo é vendido a, aproximadamente, R$ 5. Já os moradores locais pagam mais caro. A unidade do animal é vendida entre R$ 15 e R$ 20. “Para as peixarias é garantido, sei que não vou perder”, justifica. “Essa safra tem mostrado um faturamento bem positivo. Acredito que vai ser uma safra muito boa”, confia o trabalhador.
Para atingir os bons saldos, o trabalho tem que iniciar cedo. Borges conta que acorda às 4 horas da manhã. Duas horas mais tarde, ele e os colegas de profissão chegam à beira-mar. Eles fazem o acompanhamento do cardume, inicialmente, em terra. Quando os peixes são avistados, os pescadores entram no mar para lançar a rede, que é jogada ao redor dos animais. “Nessa época as tainhas ficam há uns 300 metros da beira-mar”, conta. Cerca de 60 homens e, até mesmo, mulheres ficam envolvidos na pesca, chamada de arrasta praia. O dia de trabalho, que tem início nas primeiras horas do dia, pode se estender até meia-noite.
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