
Economia | 05/10/2010 | 16:18
Pnad mostra redução na desigualdade social
desconhecido
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O Brasil poderá eliminar a pobreza em 20 anos. Este é o diagnóstico da Pesquisa Nacional por Amostragem Domiciliar (Pnad), realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea). De acordo com o técnico de Planejamento e Pesquisa da instituição, Sergei Soares, “matematicamente falta pouco, mas isso não quer dizer que uma política pública para a eliminação da pobreza seja tão fácil assim”. Também conforme ele, “temos muito espaço para melhorar, mas desigualdade zero é algo utópico”.
Segundo a análise feita pelo Ipea, desde 2003, a população abaixo da linha de pobreza está em forte queda. Tendo como base as pessoas que ganham meio salário mínimo (o equivalente a R$ 232, em 2009), a pobreza caiu 64%, quando comparada a de 1995. A pesquisa mostra ainda que a desigualdade de renda caiu, entre 2001 e 2008, em média 0,7 ponto de Gini (medida que varia de zero a um usada como referência da desigualdade de renda). Já entre 2008 e 2009 houve uma desaceleração nessa queda, que foi de 0,54 ponto, causada pela crise financeira mundial.
“Não foram grandes os efeitos da crise. Ela não chegou a aumentar a desigualdade de renda, o ritmo de queda foi que caiu um pouco. Ela caiu menos do que estava caindo. Os efeitos foram pequenos e temporários. Acredito que esses efeitos já devem ter passado no mercado de trabalho agora”, disse Sergei.
O estudo também mostra que os 5% mais ricos da população brasileira tiveram uma queda na renda, entre 2001 e 2005, de 1%. Já a parcela da população que representa os 5% mais pobres teve um crescimento de 64% na renda. No período de 2005 a 2009, os 5% mais ricos tiveram queda de 2% na renda e a parte da população que representa os 5% mais pobres teve um crescimento da renda de 20%.