Economia | 18/03/2014 | 09:58
Procon notificará Casan por falta de água
Lucas Lemos - lucas.lemos@canalicara.com
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O Programa de Defesa do Consumidor de Içara deverá notificar a Casan pela falta de água sentida em algumas áreas de Içara. O problema começou na sexta-feira e ainda nesta terça atinge parte dos consumidores. “Os motivos já foram divulgados. Mas o consumidor paga e tem que ser bem atendido. Esse é um serviço essencial que deve ser contínuo. Vamos notificar a empresa para saber quantas residências ficaram sem água e iremos analisar a instauração de processo administrativo que pode resultar inclusive em multa”, coloca o coordenador Giovani Martins da Silva.
A rede de abastecimento da Casan ainda deve ser completada em mais 8% para que a falta de água seja resolvida por completo. A previsão do superintendente regional Vilmar Tadeu Bonetti é que isso ocorra ainda nesta terça-feira, dia 18. “Tomamos todas as medidas necessárias. Normalizamos o tratamento de água às 16h de domingo e esperávamos que ontem já estaria resolvido. Mas isto não ocorreu. Para amenizar os problemas realizamos manobras nesta madrugada direcionando água para as comunidades que ainda não tiveram os reservatórios preenchidos”, relata.
“São mil quilômetros de rede. Para encher tudo isso leva algum tempo. Foi um caso atípico. Tivemos um vazamento descoberto na sexta-feira. Além disso, um registro teve problema e precisamos desligar novamente a adutora na barragem do Rio São Bento no domingo. Para quem tem um sistema de reserva compatível com o número de usuários não houve problema. Faltou água para quem não tem reservatório”, coloca. “Não é possível estabelecermos quem teve a falta de água ou não. Por isso não vai ter alteração na fatura”, avisa.
"A responsabilidade do fornecimento de água é da Casan. A empresa deve arcar com os custos adicionais para que o abastecimento não seja comprometido. As pessoas que se sentirem lesadas podem procurar o Ministério Público para formalizar a denúncia. Vamos analisar quais os encaminhamentos possíveis", contrapõe ainda o promotor da esfera do Direito do Consumidor, Marcus Vinícius Faria Ribeiro.