Queda na produção, qualidade no produto

Há mais de 30 anos no campo, o agricultor Jaime Novack, de 49 anos, nunca se viu trabalhando com uma cultura diferente do fumo. A rotina dele e da família consiste na sequência de colher, secar e escolher as folhas. Estando no início do processo, o agricultor espera um impulso no setor. Novack acredita que, por conta do aumento do dólar nos últimos meses, possa haver um incremento na venda do produto. "E esta alta reflete no preço do frete", complementa.

Além disso, ele avalia que a produção seja equivalente a da safra anterior. "No ano passado eu colhi tudo o que plantei. Agora plantei 80 mil pés e também quero colher tudo", menciona. Além de Novack, outros três mil agricultores da região também trabalham agora na colheira.

"Houve uma queda na produção por causa das chuvas no fim de agosto e início de setembro, que atrasaram um pouco o desenvolvimento da planta. Porém, não houve prejuízo com a qualidade do produto", comenta o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Içara, Jair De Stefani. "Após o beneficiamento o fumo é exportado um pouco. Entretanto, é utilizado por aqui. O agricultor tem vendido em média a R$ 7 o quilo", acrescenta.

A colheita deve seguir ainda até meados de dezembro. "Após o término dos trabalhos, alguns produtores utilizam a terra, que já está preparada, para o cultivo do feijão e do milho. E isso é muito importante, porque em uma mesma terra podemos cultivar diferentes produtos", pontua.