Economia | 03/03/2022 | 09:30
Rosimeri Vieira: Como você usa a capacidade de julgamento e de tomada de decisões?
Saiba como diferenciar o funcional do disfuncional com essa Soft Skill tão necessária para o mundo do trabalho
Rosimeri Vieira
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Capacidade de julgamento e de tomada de decisões. Essa competência tem a tendência de ser ainda mais disputada do século 21, contudo, o conceito de um julgamento funcional ainda não está bem claro para muitas pessoas. Há um processo psicológico envolvido, e, segundo Pinto (2012), a maioria das pessoas toma decisão de forma pouco racional e sofre sérios problemas em vários aspectos.
O que seria uma tomada de decisão de forma pouco racional? Todos nós temos uma forma de pensar e ver o mundo de forma subjetiva. E a subjetividade é uma construção que ao longo de nossa vida, desde a infância, pode ser construído de forma funcional ou não.
Como diferenciar o funcional do disfuncional? Em primeiro lugar é importante compreender que existem algumas bases teóricas capazes de nos esclarecer que o processo cognitivo envolvidos na Tomada de Decisão e Julgamento contam com a visão de teóricos da Economia Comportamental, Etologia, Neurociências, Biologia e Psicologia Evolucionista, compreendendo por decisão , conforme apresenta Horta (2019. Pg. 87 ) por decisão, um conjunto de processos cognitivos que avaliam e selecionam opções com vistas a um determinado curso de ação.
Segundo o autor, esse processo de decisão acontece em 4 etapas:
1. A informação é disponibilizada, ou por meio da percepção sensorial, ou da memória;
2. Na sequencia ocorre o julgamento;
3. A subjetividade de preferências entra no processo de julgamento;
4. O individuo toma a decisão, agindo de acordo com suas percepções.
A subjetividade, nesse sentido, está relacionada o quão sua percepção referente a sí e ao mundo pode ser funcional ou não, pois, de forma inconsciente ou consciente, ele pode tomar uma decisão focando na resolução ou arrumando mais problema ainda .
De forma inconsciente, um exemplo seria uma pessoa que tem um nível de distorção da realidade bem acentuado e toma uma decisão que não condiz com o que todas as outras pessoas estão enxergando.
Já de forma consciente, seria uma pessoa com medo de ser prejudicada, ou substituída, centraliza a tomada de decisão sem buscar ajuda, e acaba também focando em seu ego e não na resolução organizacional, desencadeando uma série de consequências que o mesmo vai tentando esconder até que seja descoberto.
Resumindo até aqui, é imprescindível o desenvolvimento das soft skills de equipes e lideranças de alta performance. É preciso focar então no alto conhecimento, a luz da psicologia e neurociência cognitiva e comportamental. Curtiu? Então compartilhe para que mais pessoas possam também evoluírem junto com você!
Referência
HORTA, R. Por que existem vieses cognitivos na Tomada de Decisão Judicial? A contribuição da Psicologia e das Neurociências para o debate jurídico. Revista Brasileira de Políticas Públicas, v. 9, n. 3, 2019.