Rosimeri Vieira: Desenvolver a inteligência emocional vai te ajudar a potencializar habilidades

A inteligência Emocional, sexta habilidade no ranking das Soft Skills, confesso que é a minha preferida. Essa habilidade é uma das mais importantes em minha opinião é claro, pois, se seguirmos a risca como indica o pai da Teoria da Inteligência Emocional, Daniel Goleman, certamente ela abarcará todas as outras. Essa teoria é resultado da tese de doutorado do autor, mas há uma grande distorção envolvida tanto na teoria quanto no conceito.

Muitas pessoas confundem emoção com personalidade e acabam, por exemplo, na primeira habilidade a ser desenvolvida, que é o autoconhecimento, direcionando para a personalidade. Antes de explicar porque as pessoas confundem e o que difere uma da outra, vamos esclarecer mais um pouquinho da tese do autor para enfim chegarmos à explicação mais esclarecedora possível.

Segundo Daniel, nascemos e morremos com o mesmo QI, que seria o Quociente Intelectual. O QI está relacionado as nossas aptidões, que Gardner(1994), por vez , na teoria da inteligência múltipla, categoriza, dividindo por áreas, o que chamamos de aptidões profissionais.

Já na inteligência emocional, que seria o QE, ou seja o Quociente Emocional, ninguém nasce apto ou pronto, pois é algo que com as experiências da vida vamos aprendendo. A inteligência emocional pode ser treinada, mas é algo que precisa ser praticado pelo resto da vida até que se torne hábito.

Então, a proposta da teoria da inteligência emocional é de fato desenvolver habilidades emocionais para lidar com os desafios diários de forma processual desenvolvendo as cinco habilidades:
- Auto conhecimento – Emocional
- Auto controle – Emocional
- Auto motivação – Intrínseca/ inconsciente
- Empatia – Não apenas de forma conceitual, mas prática
- Sociabilidade

Ao analisamos cada habilidade, podemos compreender que genial trazer nessa ordem. Daniel é um grande psicólogo cognitivo comportamental, que faz uso dessa abordagem para desenvolver tais habilidades. Enquanto nos Estados Unidos a teoria cognitiva era utilizada para tratar os traumas do pós-guerra, Goleman desenvolveu na década de 90 a aplicabilidade dessa teoria para o desenvolvimento pessoal.

Ao trazer a metodologia da psicologia cognitiva para o desenvolvimento de equipes de alta performance, também chancelou ainda mais tal ciência e esclareceu as estradas psicológicas humanas, dando luz aos conceito e diferenças de psicoterapia(clínica) e orientação psicológica(desenvolvimento pessoal).

Portanto, devolver a inteligência emocional significa também tirar a trave dos olhos de como as pessoas enxergam e interpretam os problemas complexos, performando na habilidade de tomada de decisão, melhorando, por conseguinte, todas as demais soft skills que veremos nos próximos artigos.

Referência
- GARDNER, H. Estruturas da Mente - A teoria das inteligências múltiplas. 1ª ed., Porto Alegre: - Artes Médicas, 1994
GOLEMAN, Daniel. Inteligência emocional a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente. 72 ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 1995. 370 p.