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Economia | 13/10/2014 | 14:51

Sacolas retornáveis por mais consciência

Especial do Jornal Gazeta

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Sempre que vai ao supermercado, a dentista Marcia Santiago leva a sacola ecológica para realizar as compras. Ou então, opta pela utilização de caixas de papelão para carregar os produtos. A prática foi adotada por ela já há alguns anos pela conscientização ecológica. Para ela, tudo é questão de costume. “Quando vou pegar as frutas, costumo levar poucas unidades de cada para não utilizar os sacos plásticos. Tenho a bolsa ecológica e quando não estou com ela, sempre opto pelas caixas. Mas o ideal mesmo é cada um levar sua sacola porque, nem sempre, o estabelecimento dispõe de caixa para oferecer”, relata.

“Eu faço isso por conta do descarte indevido dos materiais plásticos. Quanto menos eles forem utilizados, menos serão jogados de forma incorreta no planeta. E é uma prática que não dá trabalho algum. Ao contrário, não precisamos levar aquele monte de sacolas que comumente uma compra em supermercado gera”, aponta. Em alguns países, a utilização de sacolas não ecológicas é estritamente proibida. No Brasil, essa é uma realidade que ainda está um pouco distante.

Em 2011, foi aprovada uma lei em São Paulo com a proibição da distribuição de sacolinhas em estabelecimentos comerciais e supermercados. Contudo, os estabelecimentos conseguiram uma liminar através da Ação Direta de Inconstitucionalidade para que a lei não entrasse em vigor. Mas, na última segunda-feira, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que a lei é constitucional, ou seja, deve ser praticada. A expectativa é que ela volte a vigorar em 30 dias.

Em Içara, não existe uma lei que impõe a proibição das sacolas plásticas nos supermercados. Muitos, no entanto, oferecem as chamadas sacolas retornáveis como opção para os clientes. De acordo com a engenheira agrônoma e da segurança do trabalho do Giassi, Franciele Schmorller, a prática trata-se muito mais de uma questão cultural do que ambiental. “Talvez essas pessoas até tenham uma consciência ecológica, mas na prática as coisas funcionam diferente”, indica.

“Aqui, percebemos que as pessoas não tem essa visão sustentável de fazer a separação do lixo e do descarte correto dos produtos plásticos em geral. Nós percebemos também um excesso descabido. Por exemplo, as sacolas plásticas são feitas para suportar em média cinco ou seis quilos, mas têm pessoas que em uma única sacola colocam uma pasta de dente. Ou em algumas vezes utilizam mais de uma, justamente porque elas gostam de levar sacolas para casa”, explica.

“Quando utilizadas para lixo, elas vão para o aterro e lá é separado da forma correta. Mas tem gente que tem tanta sacola em casa que acaba jogando fora de maneira errada. Deixando assim de contribuir com as famílias que sobrevivem da coleta e prejudicando o meio ambiente porque todos sabem que a maioria desses materiais vai parar no mar”, coloca. No Giassi, existem três tipos de sacolas que sãos ofertadas pelos preços de R$ 2,50, R$ 2,80 e R$ 4,38.

“O que difere é o tamanho e o material. Mas são feitas de pano, com capacidade de suporte maior a 12kg. O cliente pode comprar e levar para o mercado toda vez que for realizar suas compras. Já para quem tem interesse de descartar as sacolas plásticas, o Giassi dispõe também do ponto de coletas, basta procurar o supermercado para fazer a entrega do produto”, pontua a engenheira.