Sinte inicia campanha contra a proposta do novo plano de carreira

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte-SC) iniciou campanha contra a proposta do novo plano de carreira, apresentada pelo Governo do Estado em projeto que tramita na Assembleia Legislativa. Entre as primeiras ações está a divulgação de uma nota contestando a tabela salarial proposta e cobrando dos deputados que considerem os valores apresentados pelo sindicato na Comissão Mista da Alesc.

“O questionamento do Sinte é que a proposta do governador Moisés não cobre sequer as perdas inflacionárias da categoria, continuando a prejudicar todos os trabalhadores, em especial os aposentados, que terão um reajuste de 10%, mas um desconto de 14% oriundo da reforma da Previdência, aprovada em agosto”, argumenta a entidade sindical.

O Sinte ainda sustenta que o maior percentual de reajuste está concentrado nos professores com mestrado e doutorado, que representam 5% do total de todos os servidores da educação estadual.

“Outro ponto colocado é que a tabela do governo não gera uma descompactação, ou seja, ela deixa ainda mais achatados os níveis que tratam sobre formação e tempo de serviço. É justamente aos trabalhadores que passam da graduação para especialização, percurso realizado pela maioria, que o reajuste é de apenas 9,1% até 12,6%”, afirma o sindicato.

Protocolado no dia 19 de outubro, o projeto de lei que trata do plano de carreira do magistério está sob análise da Comissão de Constituição e Justiça da Casa. Segundo o regimento interno da Alesc, deverá ainda passar pelas comissões de Finanças e Tributação e de Trabalho, Administração e Serviço Público antes de ir à votação em plenário.