
Economia | 25/06/2009 | 10:29
STF: jornalistas pedem saída de ministro
com informações da Agência Brasil
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A extinção da obrigatoriedade do diploma para ser jornalista fez surgir um movimento, o “Saia Gilmar Mendes”. A categoria pede que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) coloque diretrizes mais éticas dentro da casa, onde ocupa a presidência e julga assuntos de interesse público. Para protestar contra ele, estudantes e jornalistas ocuparam a Praça dos Três Poderes, em Brasília, na noite de quarta-feira, dia 24. Por causa disso, o espaço entre os poderes que regem o país acabou mais iluminado do que o de costume. O espaço recebeu velas que, segundo os manifestantes, eram para iluminar o Supremo.
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“A gente não concorda com toda essa barbaridade que ele [Gilmar Mendes] vem aprontando e, por isso, resolveu mobilizar o máximo de jornalistas, estudantes e gente que é contra ele”, afirmou no ato a universitária Mariana Garcia. A mesma ação contra o STF também foi repetida em São Paulo e Belo Horizonte. A diferença é que no Distrito Federal foi organizado um casamento jeca. Foram unidos o banqueiro Daniel Dantas e o ministro Gilmar Mendes.
Paralelo aos protestos, o senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) já conseguiu coletar 40 assinaturas de apoio à apresentação de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que exige diploma de curso superior de comunicação social para o exercício da profissão de jornalista. O número é suficiente para que o projeto seja apresentado para análise, pois necessitaria de somente de 27 assinaturas.
CASO PODERÁ RESULTAR EM CRISE
Consultado pela Agência Brasil (órgão de notícias oficial do governo), o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Maurício Corrêa afirmou “ser possível tornar obrigatória a exigência do diploma por meio de emenda constitucional”. Mas Corrêa chamou a atenção para o risco de a iniciativa ser interpretada como repreensão à decisão do STF.