Taise Domiciano: A audácia como aliada da criatividade

Tantas ideias esquecidas, tantos sonhos adormecidos e tanta vontade perdida. É isso que observo nas entrelinhas das conversas que tenho com tantas pessoas. A imaginação pode sim mudar o mundo, mas só ela não basta. É preciso de audácia, e aqui me refiro a realizar, mesmo que em condições difíceis aquilo que foi idealizado, contornando os obstáculos com ousadia e arrojo.

Tem uma frase da Coco Chanel que gosto muito, “O ato mais corajoso ainda é pensar por si mesmo, em voz alta.” Hoje principalmente considero que está ainda mais difícil se expressar de maneira legitima, deixando de lado o medo. Ninguém quer fazer papel de tolo ninguém quer virar motivo de chacota, ninguém quer ser humilhado ou criticado.

Por mais intimidadora que essas situações possam ser, elas se fazem necessárias para que você possa exercer sua criatividade. Sendo assim, a ousadia se torna necessária para que você possa liberar suas ideias e tenha empenho para colocá-las em prática.

Às vezes nos sentimos dentro de uma armadura. Aquela que nos faz semelhantes aos nossos, que mostra nossa melhor imagem, impedindo que as pessoas ouçam todas as nossas ideias e saibam o que você realmente tem vontade de fazer.

Assim, passamos uma boa parte da vida, vivendo de maneira a fazer com que as pessoas gostem de nós, não pelo que somos verdadeiramente, mas por aparentarmos ser quem elas gostariam que nós fossemos.

Conhecemos atualmente, várias histórias de gênios que fizeram grandes descobertas e foram tidos como loucos, foram rejeitados por aqueles que viviam em sua época, por pensarem de forma diferente, por fugirem do padrão e por negarem vestir a armadura que os tonava semelhantes. Como por exemplo, o médico húngaro, Ignaz Semmelweis, que insistiu que muitas mães seriam poupadas na hora do parto se o obstetra simplesmente lavasse as mãos.

No entanto as teorias dele eram muito criticadas por outros médicos que relutavam em usar seus métodos de prevenção, o que fez com que Semmelweis ficasse irritado e continuasse persistindo em sua tese, fazendo com que as pessoas ao seu redor começassem a duvidar de sua capacidade mental, levando-o para uma clínica psiquiátrica e sendo colocado na camisa de força. Anos mais tarde, depois de sua morte, sua hipótese foi reconhecida.

Contrariar a forma linear de pensar da maioria das pessoas, te torna louco. Louco aos olhos das pessoas que possuem uma mente “quadrada”, incapaz de se abrir para as possibilidade, incapaz de usar a criatividade, incapaz de ter ousadia e tirar essa armadura que é cômoda. Como diz aquele gênio que foi também considerado louco em sua época, Albert Einstein, “loucura é querer resultados diferentes, fazendo tudo exatamente igual.”

Por isso, comece a pensar por si mesmo, seja mais crítico com aquilo que é comum, pense em novas possibilidades, considere novas formas de fazer as coisas, novas maneiras de resolver um problema. Tenha a audácia de ser quem você é.