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Economia | 08/02/2022 | 09:09

Taise Domiciano: Desenho organizacional influencia na criatividade e inovação

Times precisam de autonomia para criar e também errar. Como está o seu?

Taise Domiciano

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Você já deve ter visto organizações com estrutura rígidas e um nível hierárquico bem elevado. Os executivos ficam no alto dos prédios ou em salas grandes e isoladas, como quem diz: eu tenho o poder. Esse tipo de organização acaba querendo que a inovação aconteça, mas não abre caminho para ela florescer. Acha que o comando precisa reinar e que suas decisões é que são sinônimos de sucesso.

Só que, além desse tipo de organização, tem aquelas que querem parecer inovadoras, e colocam um escorregador no meio da empresa ou retiram as salas dos colaboradores para que todos trabalhem em um ambiente aberto, e assim aparentemente estão dando abertura para a colaboração. Móveis descolados não torna ninguém inovador. Post-it na parede não é sinal de inovação.

Os criativos tendem a gostar de estar dentro de um ambiente colorido e que façam as ideias florescerem. Mas, um ambiente colorido não é sinal de criatividade. É preciso de liberdade e autonomia para que os colaboradores possam pensar, criar, testar e errar. Sem confiança e autonomia, as ideias nunca passarão de ideias e as decisões sempre serão de quem está no mais alto nível da empresa.

Sabe quando você decide que precisa emagrecer, vai lá se matricula na academia, compra um tênis da moda, e espera que o milagre aconteça? É isso que acaba acontecendo com muitas organizações, no discurso é uma beleza, mas na prática não funciona.

Processos rígidos vão na contramão da inovação. Inovação precisa de métodos, ferramentas, experimentação, execução e aprendizado. Além disso, as organizações mais inovadoras trabalham com times diversos, multidisciplinares, estimulando o pensamento divergente entre os indivíduos, pois sabem que no final das contas vão chegar a um resultado melhor do que se estivessem pensando sozinhos.

Outro fator importante é que os times precisam de autonomia, se a organização está com determinado desafio e precisa resolvê-lo, o time que está incumbido dessa missão, precisa de um orçamento e de autonomia para trabalhar e agilizar as entregas. O grito de guerra deve ser: testar rápido e errar rápido.