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Economia | 28/02/2023 | 09:06

Taise Domiciano: Explore as quatro fases do processo criativo

A criatividade é uma habilidade inata, então, exercite-a

Taise Domiciano

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Por muito tempo acreditou-se que a criatividade era um dom destinado a poucos sortudos. Outros, acreditavam que o processo criativo estava relaciona a agentes externos, como as tão famosas musas que inspiraram grandes artistas.

Mas hoje sabemos que tudo isso não passa de um mito. Afinal de contas, a criatividade é uma habilidade inata, que segundo pesquisas, na maioria das vezes vai se esvaindo ao longos dos anos, por conta de vários fatores, mas que pode ser potencializada.

Para entendermos um pouco mais sobre o processo criativo, trouxe uma das teses mais interessantes criada pelo professor universitário Graham Wallas.

Segundo Wallas, “ [...] pegue uma única conquista de pensamento – a criação de uma nova generalização ou invenção, ou expressão poética de uma nova ideia – e pergunte como ela foi realizada. Podemos então dissecar aproximadamente um processo contínuo, com um começo, um meio e um fim próprios."

Existem muitas teses e abordagens que analisam e sintetizam o processo criativo, mas uma das abordagens mais notáveis é a proposta por Wallas. Ele criou o modelo de quatro fases do processo criativo e vamos entendê-lo agora.

As quatro fases do processo criativo de Graham Wallas


A primeira fase se chama Preparação. E ela tem o objetivo de identificar um problema e buscar mais informações sobre ele. Podemos dizer que seria como fazer uma imersão, coletando informações já disponíveis sobre ele e entendendo-o de forma profunda.

Incubação é o nome da segunda fase. Esta etapa é caracterizada pelo desligamento do problema que nos preocupa por um período de tempo indeterminado. E este período é fundamental para que surjam as ideias que vão nos ajudar a resolver o problema, e funciona de forma inconsciente.

Nesta fase as ideias surgem espontaneamente em um sonho, durante uma caminhada ou durante o banho. Sabe aqueles momentos que a gente relaxa e o nosso cérebro consegue fazer as conexões necessárias? Esse é o momento de incubação.

Depois desse momento mágico, chegamos na etapa de Iluminação. Nesse momento as ideias começam a ganhar força. Algumas pessoas denominam esse momento como a “experiência eureka”. É a fase em que a ideia se materializa em algo concreto. Além disso, podemos dizer que nesse momento a gente se enche de satisfação pessoal, já que nos sentimos realizados pelo fato de conseguir encontrar uma solução para o problema inicialmente identificado.

A quarta fase, é chamada de Verificação. Aqui temos o objetivo de avaliar os resultados para corrigir ou melhorar algum aspecto. Verificamos se a solução criada rendeu frutos e atendeu as expectativas. Caso contrário, será necessário voltar a fase de incubação e considerar novas opções.

Para Wallas, essa parte do processo é o estágio em que "tanto a validade da ideia [é] testada quanto a própria ideia [é] reduzida à forma exata". Para fazer isso, podemos usar a prototipagem e testes, criando esboços e detalhes que podem validar se esta ideia realmente atende a necessidade.

Essas são as quatro etapas do processo criativo criado por Graham Wallas. A partir dele conseguimos compreender como funciona o processo criativo.

É importante frisar que quando precisamos encontrar a solução para algum problema, por vezes, colocamos uma pressão muito grande para encontrar a solução logo e que esta seja a solução perfeita.

Isso é um erro! Como você viu, no processo criativo passamos pelo processo de incubação, da mesma forma que a incubadora mantém os bebês em um ambiente propicio para seu amadurecimento e desenvolvimento, essa fase também é necessária para que todos os insumos sobre o desafio possam fazer sentido e nosso cérebro trabalhe maravilhosamente nas conexões necessárias para chegarmos ao momento de iluminação.