Taise Domiciano: Seu negócio entrega valor?

Empresas que só pensam em vender produtos e serviços, sem pensar na entrega de valor, sem olhar para a real necessidade de seus clientes, sem entender qual o problema elas estão resolvendo, estão como um “cego no meio de um tiroteio”.

Qual o resultado disso? Seu concorrente ou futuro concorrente pode estar atento a esses pontos, pode estar genuinamente interessado em resolver os problemas das pessoas, e usando a criatividade para encontrar oportunidades e transformá-las em ação, em algo tangível.

Assim, seu destino pode ser o precipício que está logo ali na frente, e como você se recusou a abrir os olhos para os outros possíveis caminhos, agora está encurralado, e aí só resta duas saídas: a primeira e mais óbvia, cair nele e entrar para o indicador de mortalidade das organizações.

Para dar ênfase nesse ponto, trago um dado publicado pela Folha de São Paulo, no ano de 2021: “Menos de 40% das empresas criadas no Brasil conseguem sobreviver após cinco anos de atividades”. Isso consolida o que acabei de falar, muitas organizações estão prestes a cair em um precipício, algumas já sabem que vão cair e outras estão indo vendadas, quando menos se espera, só dá para sentir o vento batendo no corpo.

A segunda saída é voltar e procurar pelos outros caminhos que você acabou ignorando. Eles podem estar longe, mas você precisa tentar achar essas outras estradas que levam de volta aos seus clientes. Lembrando que você estará atrás de seus concorrentes, eles já terão conquistado muitas pessoas, sua curva de aprendizado já está elevada, e só resta correr atrás.

Cabe aqui uma dica de uma empreendedora, Luiza Helena Trajano: “mantenha-se atualizado, estude, foque no que precisa mudar. Faça acontecer”. Sabe aquele ditado “um olho no peixe e outro no gato”? Ele se encaixa bem nesse contexto. O peixe é o seu negócio e o gato é tudo que pode interferir no seu negócio, são os sinais que o futuro nos dá.

Esteja atento ao seu negócio, ouça seus clientes, pergunte o que eles acham do seu produto ou serviço? No que você poderia melhorar? O que faz eles serem seus clientes e não da concorrência?

Mas só perguntar não adianta, pois as vezes, nem seu cliente sabe todas as possibilidades existentes, ele quer algo melhor, mais rápido, mas não sabe como. Então, observe eles, como eles interagem com seu produto ou serviço? Tenha empatia, vista os sapatos e vá a campo. Nada melhor que sentir na pele. Lembre-se, você não pode fazer um negócio, pensando na sua experiência, no seu gosto, no seu bolso. O negócio é feito para o público-alvo que você escolheu.

Esteja atento aos movimentos, e aqui falo de vários movimentos: consumidor, concorrentes, futuros concorrentes, mercado, economia, e tudo aquilo que direta ou indiretamente possa respingar em você. Lembra que eu citei “um olho no peixe e outro no gato”.