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Economia | 05/04/2022 | 11:17

Taise Domiciano: Você precisa acreditar que é criativo. Acredite!

Será que o que nos falta é infantilidade?

Taise Domiciano

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Todos nós em essência somos criativos. Porém, desenvolvemos alguns bloqueios no decorrer da nossa vida, e o primeiro deles é: “eu não sou criativo”. Esse pensamento é consequência de um outro bloqueio que chamamos de: é proibido errar.

Todos nascemos criativos. Quando crianças, brincávamos com uma batata como se esta fosse uma nave espacial, na hora do café, a bolachinha virava um carrinho e a cada mordida um novo personagem surgia. Logo fomos para a escola e parece que o cabo que conectava a criatividade foi sendo cortado, pensar de forma diferente era errado, as respostas estavam prontas, todos deviam pensar da mesma forma.

O cenário que se vê, são alunos sentados em carteiras enfileiradas e o professor na frente ditando como são as coisas. Expressar uma opinião diferente do que está descrito no livro, é sinal de reprovação, desenhar uma casa diferente do padrão, é sinal de desatenção, você precisa seguir o padrão, e se não seguir terá consequências.

Seus pais preocupados com seu futuro, querem que você seja alguém na vida, bem-sucedido, passam a impor que você siga esses padrões, e aquela luz que brilhava quando éramos criança, começa a ficar fraca, quase apagada, passamos a ter medo de errar, fazer algo que as pessoas possam nos julgar, ser diferente é perigoso, e uma crença limitante se instaura. Precisamos reacender essa chama, eu sei que ela está aí dentro.

Está disponível na internet um TEDxTucson do Dr. George Land, em que ele cita uma pesquisa desenvolvida para a NASA. Eles desenvolveram um teste de criatividade, para verificar o potencial criativo dos cientistas e que depois foi aplicado em crianças. O resultado é surpreendente, veja abaixo:

Potencial Criativo
5 anos: 98%
10 anos: 30%
15 anos: 12%
Adultos: 2%

Essa é a prova de que realmente nascemos criativos e a sociedade como um ato violento, apunhala nossa mente e apaga aquilo que faz de nós gênios. Mas não se preocupe, segundo o Dr. George Land, é possível estarmos novamente com o potencial de 98%. Segundo ele, nosso cérebro possui dois tipos de pensamentos, divergente e convergente. O primeiro é a imaginação, usada para gerar novas ideias. O segundo é quando você está fazendo algum julgamento, critica, tomando decisões.

Um lado funciona como um acelerador e o outro um freio. Podemos dizer que quando fomos para a escola, estimulados a pensar, ter ideias, estávamos utilizando o tipo de pensamento divergente, porém logo éramos podados e/ou julgados: “isso é burrice”, “que ideia idiota”. Essa situação nos deixou com medo, medo de não ser aceito, de estar errado, de ser punido de alguma forma, cessando o lado reluzente do nosso cérebro.

No cenário em que vivemos, onde não se tem mais certeza do que virá pela frente, uma sociedade cansada, estressada, que somente segue um fluxo taxado de correto, as pessoas se esqueceram que são seres pensantes, artistas por natureza. Será que o que nos falta é infantilidade? Sermos um pouco mais leves, subjetivos e treinar nosso cérebro para questionar o status quo e pensar de forma incomum.