Economia | 20/05/2014 | 08:59
Trabalhadores aguardarão até sexta-feira
Especial do Jornal Gazeta
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Os trabalhadores da Coposul de Içara paralisaram mais uma vez as atividades na noite de sexta-feira e apenas às 10h desta última segunda retornaram ao trabalho. Isto por causa do pagamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço não realizado pela empresa. A reivindicação é que o recurso seja depositado para que os funcionários tenham direito ao saque igualmente a todos os içarenses residentes em comunidades atingidas por enchentes em 14 de fevereiro deste ano.
16/05/2014 » Trabalhadores param produção na Coposul
“Nós estivemos juntos com os trabalhadores na manhã de ontem que paralisaram os trabalhos. Na ocasião, foi feita uma assembleia com alguns responsáveis pela empresa e eles deram o prazo para conseguir o dinheiro, e esse prazo foi até a próxima sexta-feira”, ressalta o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Plásticas, Descartáveis e Flexíveis, Químicas e Farmacêuticas, Carlos De Cordes.
Os moradores de Içara poderão fazer a retirada máxima de R$ 6,2 mil por conta na Caixa Econômica Federal. E, segundo De Cordes, os trabalhadores da Coposul não aceitam que esse valor seja parcelado. “Não tem como, porque senão, não vai de acordo com o uso destinado para esse dinheiro. O que se pode é parcelar o restante, já que existem trabalhadores atuando há anos na empresa e, a maioria deles, não teve se quer um ano do FGTS depositado”, explica.
“Foi uma surpresa. E também uma decepção porque os funcionários não esperavam. Houve essa demanda que o governo conseguiu com a liberação do FGTS da Caixa Econômica Federal, mas os funcionários da Coposul não têm esse dinheiro em conta. Quando o trabalhador entra em uma empresa, é obrigatório por Lei que o empregador deposite mensalmente esse dinheiro, que equivale a 8% do salário recebido. Existem funcionários ali que estão a mais de 15 anos e o FGTS não foi depositado”, completa.